Pesadelo. Ridley Scott diz que séries de televisão são “um grande problema” para o cinema

Ridley Scott. Fotografia: Mario Anzuoni/Reuters

O realizador de sucessos cinematográficos como “Blade Runner”, “Alien” ou “Thelma & Louise”, entre muitos outros, está rendido à ficção televisiva. Ridley Scott admite, no entanto, que a qualidade alcançada pelas séries nos últimos anos é uma ameaça à Sétima Arte.

“Um grande problema para a indústria do cinema”. É assim que Ridley Scott, um dos mais consagrados realizadores norte-americano, define a qualidade da ficção televisiva nos últimos anos. A culpa é da quantidade de produtos “originais e criativos” que podem ser vistos em TV, explicou, em entrevista ao site IndieWire.

Como exemplo falou de “Killing Eve”. “Acabei de a ver. É verdadeiramente boa. Tem um argumento excelente. A Sandra Oh é fantástica”, admirou o realizador, confessando que é adepto do “binge-watching” (o consumo completo de vários episódios de uma série num curto espaço de tempo).

“Gosto de ver três ou quatro capítulos numa só noite (…). Não quero ter de esperar pelas semanas seguintes [para acompanhar a série] porque há sempre algo que se atravessa à nossa frente e nos impede”, justificou.

Scott é um dos vários nomes de Hollywood que têm migrado da grande para a pequena tela. Enveredou recentemente pelo pequeno ecrã como produtor com “The Terror”, emitida pelo canal AMC, depois de estar por detrás de projetos como “Taboo”, também deste canal, “The Man in the High Castle”, da Amazon, “BrainDead”, da CBS, ou “Strange Angel”, da mesma estação, esta última com estreia por anunciar.

TEXTO: Ana Filipe Silveira