Cassie Scerbo: “As pessoas fazem casamentos inspirados no Sharknado”

Cassie Scerbo é uma das atrizes principais da saga “Sharknado”, cujo quinto telefilme se estreou esta sexta-feira no Syfy em Portugal. Em entrevista à N-TV, a intérprete admite que, apesar de os tubarões serem o foco central destes títulos, tem medo desses predadores.

Scerbo tem 27 anos. Dos cinco filmes da saga “Sharknado”, de Anthony C. Ferrante, interpretou três, vestindo a pele de Nova Clarke, personagem que vai ajudar a salvar o mundo de uma invasão de tubarões voadores. Apesar de terem “péssimos efeitos especiais”, refere a própria atriz, estes telefilmes originais do canal Syfy têm conseguido angariar desde a sua estreia, em 2013, uma grande legião de fãs, que definem as produções como sendo “boas de tão más”.

A atriz passou esta semana por Portugal e esteve à conversa com a N-TV sobre “Sharknado 5: Voracidade Global”.

A Cassie tem medo de tubarões. Como é que foi participar num projeto como o “Sharknado” nessa situação?
De início, foi assustador. Lembro-me de estar em Santa Mónica [na Califórnia] no primeiro dia de gravações e ver um tubarão falso que parecia tão real que eu não me consegui aproximar-me. Estava genuinamente aterrorizada [risos]. No fim funcionou muito bem por ser suposto eu estar zangada e a lutar com esses tubarões durante todo o filme. Eu odeio-os, por isso funcionou.

Aproveitou esse sentimento a seu favor?
Claramente. No primeiro “Sharknado” há uma cena em que começo a bater num tubarão com a minha arma. Foi filmado de noite, nós estávamos numa piscina com o tubarão falso e a mim parecia-me tudo muito real. Eu estava genuinamente assustada nessa altura.

Fala do tubarão falso, mas toda a saga recorre a efeitos especiais.
Sim, existe um tubarão falso e obviamente que o resto resulta de efeitos especiais. E essa é a beleza do “Sharknado”: os péssimos efeitos especiais [risos].

A sua personagem, a Nova Clarke, foi determinante em filmes anteriores. O que se pode esperar dela em “Sharknado 5”?
Posso dizer que ela volta mais “kickass” do que nunca. Está mais motivada e determinada do que sempre e eu adoro o facto de poder interpretar um papel de empoderamento feminino. É como se fosse a minha Mulher Maravilha, a minha Lara Croft ou a minha Supermulher. E sinto que essas heroínas estão a crescer. Conseguir interpretar esta personagem, que está a liderar um exército que atravessa o mundo, foi épico. O guarda-roupa sofreu muitas mudanças: ela está mais forte, mais determinada e mais poderosa.

Fala no crescimento de heroínas no ecrã. Qual é a importância de as mulheres terem personagens como estas?
É muito importante mostrar que conseguimos fazer as coisas da mesma forma do que os homens. Neste caso, é um papel fantástico de liderança que as raparigas vão de certeza admirar. Uma das minhas partes preferidas tem sido representar uma rapariga forte. [No guião] Não há desigualdade de géneros na forma como este filme foi escrito.

Quando a saga se estreou, há quatro anos, achou que iria tornar-se tão popular?
Nunca! Nem nos meus sonhos mais loucos! Não conheço muita gente que não saiba o que é o “Sharknado”, mesmo que não o tenham visto. Sabem o que é, porque é um fenómeno, é um clássico de culto.

Há uma receita para o sucesso?
Não sei! É a beleza de Hollywood. Nunca sabemos o que é que vai ser uma tendência, especialmente desde o boom das redes sociais. Já estivemos em primeiro nos assuntos mais comentados no Twitter durante horas seguidas, num dia em que “A Guerra dos Tronos” estava a passar na televisão, o que é uma loucura e mostra que temos uma base de fãs fantástica. Eu olho para “Sharknado” como o Super Bowl [maior evento desportivo dos Estados Unidos] da ficção científica. Já não é só um filme, é um evento de verão. As pessoas vestem-se, fazem festas, cozinham e até fazem casamentos inspirados no filme.

O que é que diria a uma pessoa que não conhece “Sharknado” ou que nunca viu um dos filmes, para a convencer a ver?
“Não se sente posta de parte?”. Toda a gente sabe o que é o “Sharknado”. Quero dizer, não querem fazer parte da festa? Às vezes, a vida dá-nos stresse e complicações e este é um daqueles filmes a que podemos assistir com qualquer pessoa só para nos rirmos e descansarmos. Porque é que alguém iria querer perder isto?