As cartas, os dilemas e as varinhas de condão: o top 5 das tarólogas nas manhãs da SIC

Bastidores do Programa da SIC A Vida nas Cartas, com Maria Helena Martins Fotografia: Álvaro Isidoro / Global Imagens

O alegado fim de “A Vida nas Cartas – O Dilema”, revelado por uma fonte da SIC à revista “VIP”, esta semana, pode marcar o fim das consultas de tarôt nas manhãs de Carnaxide, uma prática iniciada por Maya em 2011. De lá para cá, muitas emissões em direto, muito dinheiro ganho em IVR (linhas de valor acrescentado, os famosos números começados por 760), e algumas polémicas que as redes sociais amplificaram. A N-TV recuperou as mais simbólicas e reuniu-as aqui num top 5. Clique nas setas e veja os vídeos.

“A sua filha não tem nada de grave” – Maya

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Em 2012, pouco meses antes de sair para a CMTV, a taróloga Maya protagonizou uma “consulta” polémica em direto, vendo nas cartas que um nódulo na tiroide da filha da espectadora não seria nada de grave, antecipando-se aos resultados dos exames clínicos feitos. Este não foi caso único. No início desse mesmo ano, a apresentadora disse a uma espectadora que estava a ser mal acompanhada clinicamente, e contrariou as indicações médicas. “E agora como é que o osso cola, é estando deitadinha? E se o osso ganha um calo no sítio errado?”, perguntou à espectadora que lhe acabara de explicar que o médico lhe tinha recomendado repouso absoluto.

Maya, que conduziu o programa desde 23 de setembro de 2011, chegou mesmo a dizer à ouvinte que estava a ser mal seguida.”Sugiro que vá a uma clínica e não a uma urgência hospitalar, porque não têm dado a devida atenção ao seu caso”. O caso teve repercussões públicas, com o então Bastonário da Ordem dos Médicos a criticar a taróloga.

“Há-de perguntar ao seu filhote se nota um carocinho no testículo” – Zila

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Já este ano, Zila, uma das tarólogas das manhãs da SIC, recomendou a uma espectadora que fizesse ao filho uma “pergunta difícil”. “Mas alguém tem de a fazer”, alertou. “Há-de perguntar ao seu filhote se nota um carocinho no testículo. Pode não ser já, mas com o passar do tempo…”, perguntou a taróloga, enquanto olhava para o baralho de cartas.

Confusa, a espectadora ripostou: “Não é bem no testículo, ele diz que é mais no ânus”, mas a taróloga não se conteve: “pois, mas as cartas mostram aqui qualquer coisa que tem de ser vista no testículo. No ânus, a ideia que me dá é que pode ser uma hemorróida”.

“Ele quer uma mãe, não quer uma mulher. Mime-o” – Carla Duarte

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No ano passado, uma outra taróloga da SIC, Carla Duarte, viu-se envolvida numa consulta polémica, quando perante uma espectadora que se queixava de que o marido a violentava há vários anos, aconselhou muito mimo. “Não discuta, não provoque, não procure o conflito”. Explicando que “ele [o marido] quer uma mãe e não uma mulher”, a taróloga foi perentória: “Quando damos amor, recebemos amor, quando damos violência recebemos violência (…) corte na violência, mime-o para isto não piorar!”

“Canse-o. Temos de vencer essas galdérias!” – Maria Helena Martins

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É uma das mais mediáticas intervenções de Maria Helena Martins, neste caso num outro programa, exibido na SIC Internacional. No ano passado, e perante um caso de infidelidade que lhe estava a ser relatado por uma espectadora, a taróloga deu a receita: “Faça alguma coisa. Faça aquilo que todas as mulheres fazem: canse o seu marido! Faça muita ginástica, arranje-se toda. Se ele fizer muita ginástica em casa… minha filha, lá para a rua já sobra pouco”.

Reivindicando autoridade moral para comentar o assunto (“olhe, está a falar-lhe uma mulher que está casada há 50 anos”), Maria Helena Martins não se deteve. “Oh filha, canse-o, invente coisas (…) Se quer salvar o seu casamento, faça o que a Maria Helena lhe está a dizer: temos de ser mais espertas que as galdérias, o que é isso? Era o que faltava!”

Escusado será dizer que o vídeo foi muito comentado e partilhado nas redes sociais.

“Vou usar a minha varinha de condão pela primeira vez na televisão” – Maria Helena Martins

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Na diversificação do entretenimento vale tudo. No ano passado, Maria Helena Martins levou a sua “varinha de condão” para estúdio. E avisou. “Vou usar a minha varinha de condão pela primeira vez na televisão”. Enquanto mexia a “varinha” num recipiente com um líquida lá dentro, a taróloga perguntava à espectadora: “Está a sentir uma energia a saír de si?” Silêncio. De novo a pergunta: “Aurora, está a sentir a sair de si uma energia negativa”. A espectadora lá respondeu: “Assim-assim… parece que estou a ficar sem forças”. Maria Helena insistiu: “concentre-se, concentre-se, tem de ter fé em Nossa Senhora.

Dois segundos depois, o veredicto em direto: “Pronto, minha querida. Continue com fé porque a minha querida está liberta daquele mal espiritual que tinha, está bem minha querida?”.

TEXTO: Nuno Azinheira