António Raminhos fez um balanço da rubrica “É muito má pessoa”. Uma brincadeira que acabou por causar muitos dissabores ao humorista.
Durante várias semanas, António Raminhos brincou com a rubrica “É muito má pessoa”, na qual simulava factos de figuras públicas. O humorista admite, agora, que teve muitos dissabores, porque vários seguidores levaram o título a sério.
“Quando criei a rubrica ‘É muito má pessoa…’ o objetivo era simples: pegar no pior da internet, o constante falar mal, o lavar roupa suja e torná-lo em algo tão exagerado e idiota que lhe tirasse essa mesma importância”, começou por justificar nas redes sociais.
“Nunca eu na vida, nunca, pensei que fosse possível alguém achar que factos publicados neste espaço pudessem ser verdade. Idiotices como a Madalena Abecassis ter sido um homem das obras e os filhos comprados, a Ana Garcia Martins ter tentado vender os partos a revistas ou simulado esmolas a sem-abrigo, o Heitor Lourenço ser um falso vegetariano dealer de túbaros de porco ou o Fernando Daniel chamar-se Agostinho Casaca e ter as músicas roubadas de êxitos mexicanos com os títulos mais ridículos que consegui inventar”.
“Ainda assim chovem insultos à minha pessoa… e às vezes aos visados. Atenção, não gostar é uma opção natural, tudo o resto… não encontro justificação além do facto de que há uma parte das pessoas que está completamente inebriada pelo mal no mundo graças a horas e horas de notícias de guerra, fome, crise, mexericos que já não consegue ver além disso. E encontra nestes textos mais um argumento que comprova a sua versão (de que tudo é mau) do mundo”, acrescentou o humorista.
“Não se questiona se é a gozar, não se questiona se sou amigo das pessoas, não se questiona se por acaso isto é feito com o seu conhecimento… são barcos à deriva sem comandante e vão para onde o vento sopra. O mais curioso é que depois quando coloco um post sobre o meu podcast #somostodosmalucos, ou de como lido com uma crise ou partilho uma campanha para ajudar alguém… são poucos comentários e essas pessoas geralmente não estão cá. Porquê? Porque provavelmente não lhes permite deitar cá para fora essa visão pesada de tudo e colocar no outro a raíz de todos os problemas”.
“A internet não precisa de ser uns contra os outros e quando for… pelo menos que o seja a brincar e todos possam compreender isso”, rematou António Raminhos.