Lembra-se da temível Luísa Albuquerque, personagem interpretada por Alexandra Lencastre na novela da TVI “Ninguém Como Tu”? Aquela que é uma das vilãs mais marcantes da história da ficção portuguesa é da autoria de Rui Vilhena. Afastado da televisão nacional desde 2010, altura em que assinou a novela “Sedução”, o argumentista fala da vontade em voltar a escrever uma novela portuguesa.
O regresso à ficção portuguesa não está planeado para Rui Vilhena, a trabalhar no Brasil desde 2011. No entanto, o guionista espera que isso seja algo a acontecer num futuro próximo. “Eventualmente um dia vou regressar. Nem acho saudável trabalhar só num mercado. Tenho saudades de trabalhar cá. Tenho muitos amigos”, contou ao N-TV o argumentista.
Vilhena, que assinou projetos como “Ninguém Como Tu”, “Tempo de Viver”, “Olhos nos Olhos” ou “Sedução”, da TVI, e “Boogie Oogie”, da TV Globo, revelou que o intercâmbio de atores entre Portugal e Brasil é algo que tem vindo a crescer. “Hoje já temos muitos atores brasileiros a trabalhar em Portugal. ‘Ouro Verde’, por exemplo, tem imensos”, afirmou, referindo-se à trama da TVI com Sílvia Pfeiffer, Zezé Motta e Adriano Toloza no elenco.
Para Rui Vilhena, as diferentes nacionalidades são uma mais-valia, porque acrescentam relevo à produção e tornam-na mais interessante. “É interessante que não seja só com brasileiros e portugueses, mas com moçambicanos, angolanos e timorenses. Acho que todos temos a ganhar com isso”.
O argumentista português rumou ao Brasil há seis anos para integrar a equipa de produtores da novela “Fina Estampa”, a convite de Aguinaldo Silva. Sobre o trabalho dos portugueses Maria João Bastos, Joana Solnado, Ricardo Pereira ou Paulo Rocha em terras de Vera Cruz, faz um balanço positivo. “Os brasileiros gostam muito dos atores portugueses. Estão a fazer muito sucesso”, rematou.
TEXTO: Alexandre Oliveira Vaz
