O Dia do Pai só se celebra esta segunda-feira, mas Júlio Isidro antecipou-o para relatar publicamente a “herança” que ganhou do seu progenitor. “Papá, o 19 de março é Dia do Pai, mas garanto-lhe que penso em si muitos mais dias, talvez porque se aproxima a hora do reencontro”, acredita. Os admiradores do apresentador aplaudem a homenagem.
Num texto intitulado “A herança do meu pai”, Júlio Isidro desfia memórias e recua a “um dia de agosto de há 30 anos”, no qual ficou “rico” aquando da morte do seu pai. “Estávamos de mão dada. Enriqueço todos os dias com o seu legado”, recorda.
E é, precisamente, do legado que José Sesinando Mantero da Silva Isidro do Carmo deixou ao filho que o apresentador da RTP explana numa homenagem sentida ao pai, a escassas horas de se iniciar a comemoração do Dia do Pai.
“Deixou-me um cofre cheio de respeito pelos outros, honestidade da palavra dada, cultura geral, português correto e indiferente a acordos mais ou menos ortográficos, sensibilidade musical, visão crítica em relação a todos os poderes e um razoável sentido de humor”, afirma Júlio Isidro, de 73 anos, que não esquece os “princípios e valores” que guardou para os “repartir” com as suas irmãs.
Passando pela cultura musical de que era detentor, assim como “a memória que tinha sobre o desporto”, área em que tinha uma particular “simpatia, moderada e educada, pelo Sporting”, o comunicador sublinha que o seu “querido papá” “foi um filho exemplar”.
Já crescido, José Sesinando “teve a sorte de se casar com a mamã que deitava mão às dificuldades, às vezes tantas, para o deixar ler e escrever”. “Poderia ter afinado mais pianos e ter escrito mais artigos para jornais para ajudar ao orçamento? Creio que sim, mas confiava tanto na mamã a quem chamava ‘a minha Brites d’Almeida’, a Padeira de Aljubarrota”, contrapõe.
Júlio Isidro agradece, por fim, à “riquíssima herança bem diferente de outras que tantos filhos disputam ainda com os pais de coração a bater”, rejeitando que tal aconteça em sua casa. “Graças a Deus. Elas sabem que estão a receber a herança comigo presente.”
TEXTO: Dúlio Silva