De dona de café a Rainha Santa: a transformação artística de Maria João Bastos

Maria João Bastos
Fotografias: Instagram Maria João Bastos

Depois da novela “Amor, Amor”, para a SIC, a atriz começou a gravar para a RTP1 a série medieval “A Rainha e a Bastarda”. Entrevista sobre uma mudança camaleónica.

De “headphones” nos ouvidos, e concentrada antes das gravações se iniciarem numa quinta em Sintra, Maria João Bastos aproxima-se dos jornalistas já em “modo” Rainha Santa Isabel, a protagonista da nova série da RTP1 “A Rainha e a Bastarda”. Não era suposto haver tempo para perguntas, mas a atriz lá arranja alguns minutos, sem nunca sair de dentro da sua personagem, a mulher traída pelo rei D. Dinis (Rúben Gomes), que ficou conhecida pela lenda de ter transformado pão em rosas.

“É um longo processo e envolvo-me sempre na pesquisa e de estudo. Passamos por várias fases de ensaios. Esta personagem é real e Santa e continua presente na vida quotidiana dos seus fiéis”, começa por dizer a atriz, em entrevista à N-TV.

“Fui a Coimbra, onde ela é padroeira, estive na igreja e no túmulo dela, foi um processo longo e até já me estou a movimentar de uma maneira diferente aqui a falar para a entrevista”, brinca Maria João Bastos.

Depois de ter representado a dona de um café muito extrovertida e mulher do músico Romeu Santiago (Ricardo Pereira) na novela “Amor, Amor” que a SIC tem no ar, a artista mudou por completo o registo de representar. Em comum, com a novela, apenas a contracena com Paulo Rocha, que também participa em “Amor, Amor”: “As nossas personagens não se cruzam muito, mas temos algumas cenas juntos. É ótimo, eu gosto muito do Paulo e adoro trabalhar com ele, já viemos agora da novela, é excelente”.

Entre dois projetos não houve muito tempo para pausas. “Não deu muito tempo para descansar entre a novela e a série, porque isto exige muito tempo de preparação e estudo, mas consegui concentrar-me calmamente”, diz Maria João Bastos à despedida da nossa reportagem.