Entrevista a Diogo: “No ‘Big Brother’ foi a primeira vez que chorei à frente de alguém”

Diogo
Fotografia: Instagram Big Brother 2020

Era o favorito à vitória no “reality” da TVI, mas foi Soraia a levar os 50 mil euros para casa. Diogo trouxe o tema da saúde mental para a atualidade e admite que tem ataques de pânico.

Em entrevista à N-TV, o jovem que trabalha em marketing digital faz o balanço dos três meses fechado na casa “mais vigiada do País”. Congratula-se por ter trazido o tema da saúde mental para a atualidade e assume os ataques de pânico. É, precisamente, pelo tema que começa a entrevista com o segundo classificado do formato que foi apresentado por Cláudio Ramos.

“Um terço da população anda depressiva. Não sabia lidar comigo, ao ponto de a dor física aparecer por causa da saúde mental. Tive de encontrar psicólogo. Daí ter o site psicologo.pt, para ser mais fácil esse processo. Na minha equipa fazemos um ‘match’ entre uma pessoa e um terapeuta em qualquer parte do mundo”, começa por informar Diogo.

“Falei com o meu psicólogo antes de o programa começar para ele me orientar. Lá dentro também tive ajuda. Tive privação do sono, passei logo a ser líder, não conhecia ninguém e fiquei logo esgotadíssimo”, admite. O que trouxe consequências: “Tudo aquilo que sou veio ao de cima. O corpo cede e surge o ataque de pânico, mas a parte fixe da terapia é que ensina a aceitar”.

Seguiram-se as lágrimas, em direto: “Adorei chorar, porque foi a primeira vez na vida que consegui fazê-lo em frente a alguém. Aproveitei para me expurgar e pensei: ‘deixa chorar baba e ranho à frente de milhões de pessoas’. Aceitei o que me estava a acontecer. Depois, comecei a ter consultas de psicólogas marcadas dentro da casa a um dia certo”, acrescenta.

Sobre o dia seguinte à saída, foi passado devagar. “Não consegui pregar olho, só ligar o Twitter às sete da manhã porque só consegui dormir a essa hora. Estava cheio de adrenalina. Na gala diverti-me imenso, foi o culminar de três meses. Acabei a curtir com José Cid ao vivo, num dia de verão. Não morri na praia, tive essa noção em palco com o Cláudio e a Soraia, porque estava muito tranquilo”, garante.

“A experiência é melhor do que tinha imaginado, a casa é incrível e eu estava à espera de um caixote. Da casa vou ter saudades, de acordar de manhã, por os óculos de natação e ir curtir para a piscina. Fui privilegiado por estar num sítio em segurança enquanto o mundo inteiro estava no lodo com o Covid-19. Nunca nos faltou nada. Acho que passei o programa todo de calções e descalço, que é uma coisa que eu adoro”.

Quanto ao balanço: “Acho que me superei. Estava com medo de entrar com a pressão de um ‘reality’ e que me limitasse as ações e não pudesse ser livre. Mas o ‘Big’ nunca me obrigou a fazer nada, apenas me direcionou para fazer coisas. Não fiz a ‘Curva da Vida’ por motivos pessoais”.

A participante Ana Catharina, com quem namora, “foi um presente maravilhoso”, mas os dois não têm “status”.

Quanto ao futuro, deve passar pelo entretenimento. “Tirei um curso no Teatro da Comuna e descobri emoções. Era um sonho de criança que quero ter em adulto. Quero ficar no mundo artístico e do entretenimento, fazer uma novela. Adorava sentir a representação do Ruy de Carvalho. Fiquei muito triste quando soube que o Pedro Lima se suicidou e, se isso aconteceu, algo não estava bem”.