Fado, Fátima e Futebol? Assunção Cristas quer juntar política à equação

Fotografia: António Pedro Santos / Lusa

Assunção Cristas já mandou calar a plateia para discursar. Desta vez, as razões foram outras. A líder do CDS-PP, e candidata à Câmara de Lisboa, pediu silêncio… para cantar o fado.

Depois de em 1989 Marcelo Rebelo de Sousa ter mergulhado no Tejo, guiado um táxi e até varrido o lixo numa das mais excêntricas campanhas eleitorais de todos os tempos, em Lisboa. Depois de o atual primeiro-ministro, António Costa, ter feito uma corrida de burro contra um Ferrari, quando era candidato à Câmara de Loures, em 1993, foi a vez do fado entrar na campanha eleitoral.

Não se sabe se Assunção Cristas foi ao Clube Lisboa Amigos do Fado, a mais antiga casa de fado da capital, no papel de candidata ou apenas para desanuviar do stress da política.

O que se sabe é que a líder do CDS-PP, e que se candidata ao lugar do atual presidente, o socialista Fernando Medina, decidiu desvendar um talento oculto e mostrar a quem se encontrava na casa de fados em Marvila a sua faceta mais tradicionalista e popular, ao cantar o fado.

Assunção Cristas, a cantar e a encantar! :) Ontem, no Clube Lisboa Amigos do Fado, em Marvila! #NossaLisboa

Publicado por Isabel Santiago Henriques em Segunda-feira, 5 de Junho de 2017

Depois de ter tentado seguir (de forma temporária) as pisadas de nomes como Amália Rodrigues ou Hermínia Silva, Assunção Cristas deixou no ar uma promessa: “vou voltar”.

Não, não decidiu seguir o exemplo da personagem de Arnold Schwarzenegger na saga “O Exterminador Implacável”. Apenas prometeu voltar àquele cantinho de Marvila para voltar a sentir as luzes da ribalta e poder voltar a pedir silêncio para que apenas se oiça a sua voz e o som da guitarra portuguesa.

Após a atuação, as reações foram mistas, com uns a elogiarem os dotes vocais da sucessora de Paulo Portas na liderança do CDS-PP e outros a aconselharem-na a não deixar o mundo da política para perseguir uma carreira no mundo da música.

Uma coisa é certa, goste-se ou não da atuação de Assunção Cristas, não se pode acusar a candidata à Câmara de Lisboa de ter medo do palco.