Liliana Campos sobre polémica com Cláudio Ramos: “Pode não ser benéfico para o programa”

Não foi a primeira vez que os ânimos ficaram exaltados no “Passadeira Vermelha”, mas o mais recente caso, protagonizado por Cláudio Ramos, voltou a ter uma grande proporção mediática. À N-TV, a apresentadora do programa da SIC Caras, Liliana Campos, assume que este tipo de episódios “pode não ser benéfico” para o formato.

“Não acho que seja benéfico. Sinceramente. Acho que é muito giro as pessoas falarem das diversões, dos exclusivos, das primeiras mãos, de algum ‘frisson’ em que haja opiniões divergentes. Agora, neste sentido, não acho. Porque depois as pessoas acham que fica um mau ambiente”, começa por esclarecer a comunicadora à nossa revista.

Em causa está a mais recente divergência que Cláudio Ramos protagonizou enquanto comentador do “Passadeira Vermelha”. O momento de tensão foi vivido na emissão da passada quinta-feira do programa da SIC Caras, quando o profissional se exaltou com os colegas enquanto discutiam as fotografias de Fátima Lopes em biquíni partilhadas nas redes sociais.

“Não me interessa a imagem que passa lá para casa, porque no primeiro dia em que as pessoas lá em casa e a pessoa que me paga não me quiserem aqui… diz-me e eu vou para casa”, afirmou, num tom de voz elevado, garantindo ainda que “às vezes” tem “vontade de bazar” do estúdio.

À N-TV, a moderadora do programa assume que “é difícil” lidar com este tipo de situações. “Não é propriamente o mais fácil, porque se nós não estivéssemos no ar a vontade era de lhe dizer: ‘Oh pá, vê lá se te calas’. Quando se está no ar tem de se tentar acalmar para que os ânimos mas, ao mesmo tempo, impor algum respeito.”

“E é muito difícil, porque eu conheço muito bem o Cláudio e, quanto mais uma pessoa lhe diz, mais ele contraria. Por outro lado, se ignoro, ele também fica doido e volta a carga, como aconteceu neste último episódio”, reconhece Liliana Campos, acrescentando que não pode “entrar em bate boca com ele”, mas que também não pode “deixar que ele suba muito porque tem de ter respeito” por si, “pelos comentadores e pelo espectador”.

A apresentadora ressalva que sabe que Cláudio Ramos “não faz aquilo por mal”. “É o Cláudio no seu melhor. Ele é assim”, resume, lembrando que este tipo de episódios “já aconteceu com outras pessoas” no “Passadeira Vermelha”. “O Cláudio é mais efusivo, tem um feitio que é mais de explodir – como já explodiu noutras vezes – mas não é por isso que até agora as coisas cá fora nao se tenham composto”.

“Cláudio, qual era a necessidade daquilo?”

À nossa revista, Liliana faz questão de salientar, por isso, que estas zangas são momentâneas e que não se arrastam para os bastidores. “Completamente, completamente. Nesta altura, tenho dias em que partilho o camarim com o Cláudio. De todos, é ele que entra no meu camarim [risos]. Aquilo acabou e nós fomos para o camarim e disse-lhe: ‘Cláudio, qual era a necessidade daquilo?’. Ele disse-me: ‘Eh pá, tu tiras-me do sério’”, revelou, com um sorriso no rosto.

Apesar de bem-disposta, a comunicadora sublinha que estes casos podem não gerar o “buzz” pretendido para o formato da SIC Caras. “Não digo que pode ser maléfico. Digo que pode não ser benéfico. Há situações que podem trazer mais curiosidade acerca do programa e há outras em que nós todos estamos ali um bocadinho na corda bamba porque já estamos muito à vontade uns com os outros.”

E remata: “Claro que depois se fala e que há quem manda e que dá na cabeça. Mas acho que a mais-valia do programa também é essa: sermos muito genuinos. [Mas] Não podemos ser genuinos demais.”

TEXTO: Dúlio Silva

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