Maniche abandona emissão e deixa Canal 11 após discussão em direto: “Houve lápis azul!”

Maniche Pedro Sousa
Fotografia: Instagram Maniche

Maniche abandonou a emissão desta terça-feira à noite, 15 de março, do programa “Futebol Total”, do Canal 11, depois de uma discussão com o apresentador do formato, Pedro Sousa.

O antigo jogador de futebol estava a criticar a participação de Meité, jogador do Benfica, na partida frente ao Ajax, a contar para a Liga dos Campeões, quando se gerou a discórdia. É que o diretor do Canal 11 respondeu, prontamente, em defesa do atleta.

“Não te vejo é falar de outros jogadores, que jogam em outras equipas, da maneira como desconsideras este jogador. Não aceito isso, Maniche. Uma opinião aceito, agora desconsiderar dessa maneira um jogador que já jogou no AC Milan”, disse Pedro Sousa.

“É a minha opinião, tens de respeitar como eu respeito a tua”, ripostou Maniche, desaparecendo, de seguida, das câmaras sem nunca mais ser visto na transmissão em direto.

Nas redes sociais, o antigo futebolista e comentador reagiu à situação: “Aos espectadores do Canal 11 e aos meus seguidores e amigos. A todos os que desde ontem me enviaram milhares de mensagens de apoio. A todos os que assistem ao programa ‘Futebol Total’, cuja camisola vesti com orgulho, no maior interesse do comentário isento a este desporto que é nossa alma e paixão”, começou por escrever.

Maniche Pedro Sousa
Fotografia: Instagram Maniche

“Ao contrário de outros, e como ex-jogador, primei sempre, antes de qualquer partidarismo clubista, pela defesa do jogador. O ‘jogador de futebol’ que é sempre a parte da história mais devassada, a que mais sofre pela crítica, tantas vezes desumanizada, nunca desculpabilizada. Não critico jogadores, não os desumanizo. O que se nos solicita é uma opinião. Tenho direito à minha”, afirmou.

“Assim, não podia agir com passividade perante a atitude Machartista de um pivô, travestido de analisador purista, que atua como ‘lápis azul’, vergonhoso símbolo da censura e da ditadura portuguesa, onde os cortes têm por objetivo impedir e limitar as tentativas daquilo que este pivô considera subversão. Não obstante, manifestou-se, ele próprio, livremente, ao longo de mais de dois anos de emissão, de formas que considerei muitas vezes ofensivas à integridade de jogadores, clubes, dirigentes, dos outros comentadores, de amigos meus e em última análise, ontem, de mim próprio. Em tempos como estes, mais do que nunca, falta de liberdade de expressão, não passará”, concluiu.