Nicolau Breyner “teve um final de vida tristíssimo, amargurado. Se fosse rico, estava vivo e feliz”
Fotografia: Arquivo Global Imagens
Nicolau Breyner na peça "O Comprador de Horas" (1965), em cena no Teatro Monumental, em Lisboa.
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Henrique Viana, Henrique Santana, Florbela Queirós e Nicolau Breyner na peça de teatro "Um Domingo em Nova Iorque" (1965).
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Ao lado de Francisco Nicholson, no filme "Operação Dinamite", de Pedro Martins.
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Nicolau Breyner com Pereira Saraiva, numa cena do filme "Um Campista em Apuros" (1967).
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Ao lado da amiga Simone de Oliveira e Luís Tito, na comédia musical "Como Vencer na Vida Sem Fazer Força".
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Nicolau Breyner com Maria João Aguiar, na peça "D. Xepa (1967).
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A mostrar a faceta de cantor, no 5º Grande Prémio TV da Canção Portuguesa (1968).
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Em 1969, no Natal dos Hospitais, no Hospital de São José, em Lisboa.
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Em 1971, com os cavaleiros tauromáquicos Gustavo Zenkl e Fernando Salgueiro, nos ensaios para um filme americano sobre touradas.
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Em 1971, com os cavaleiros tauromáquicos Gustavo Zenkl e Fernando Salgueiro, nos ensaios para um filme americano sobre touradas.
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Numa reunião de atores, no Parque Mayer, ao lado de Francisco Nicholson e Rui Mendes.
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Na condução do Festival RTP da Canção, a apresentador o conjunto Os Amigos.
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Com Raul Solnado, no programa "Eu Show Nico".
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Nicolau apresentou o programa "Eu Show Nico", para a RTP1, em 1980 e 1981.
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Com Margarida Carpinteiro, Luís Galvão Teles e Henrique Viana, na estreia do filme "A Vida é Bela" (1982).
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Durante uma rábula do programa "Bom Dia Domingo" (1983).
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Em 1983, com Paula Cruz no musical "Annie".
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Nico é considerado o pai das telenovelas portuguesas, por ter sido um dos autores de "Vila Faia". Na foto, com Thilo Krassman e Ruy de Carvalho.
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Durante as gravações de "Vila Faia", novela que protagonizou com o papel de João Godunha.
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Durante as gravações de "Vila Faia", novela que protagonizou com o papel de João Godunha.
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Com Thilo Krassman, músico e produtor de televisão.
Fotografia: Arquivo Global Imagens
Com a atriz Luísa Barbosa e Thilo Krassman, durante as gravações da novela "Vila Faia".
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Durante as gravações de "Vila Faia", novela que protagonizou com o papel de João Godunha.
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Rosa do Canto e Nicolau Breyner, em palco com a peça "Pouco Barulho", no Teatro Villaret.
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Integrou o elenco da novela "Palavras Cruzadas", exibida na RTP1 em 1987.
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Sempre de braços abertos, pronto para aceitar novos desafios profissionais.
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Em 1988, no papel de Tia Eva, ao lado do boneco CITRUS.
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Na apresentação da novela "Cinzas" (RTP1, 1992), com Ângelo Granja, Francisco Nicholson e Regis Cardoso.
Fotografia: Fernando Farinha/Global Imagens
Nicolau Breyner com Herman José, que deu a conhecer ao grande público português na rábula "Senhor Feliz, Senhor Contente".
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Teve uma vida política ativa. Aqui, em 1993, na apresentação da sua candidatura à Câmara Municipal de Serpa pelo CDS-PP.
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À frente ou atrás das câmaras, Nicolau Breyner contou com mais de 50 anos de carreira.
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Em 1995, na apresentação do programa eleitoral do CDS-PP para as eleições legislativas.
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Nicolau Breyner nasceu em Serpa, datava o ano de 1940.
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Nicolau Breyner travou em 2009 uma batalha contra um cancro na próstata.
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Ao lado da colega e amiga Alexandra Lencastre, com quem contracenou diversas vezes.
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José Eduardo Moniz desenvolveu a indústria da ficção, lançada nos anos 1980 por Nicolau.
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Espectaculo Jo Soares no teatro villaret Lisboa com a presenca de celebridades portuguesas Nicolau Breyner
28 Janeiro 2010
Vasco Neves
A desfiar recordações, algumas com mais de 50 anos.
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Com a família, um dos pilares da sua vida.
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A ovação de pé, na gala dos 50 anos de carreira de Nicolau, organizada pela TVI.
Fotografia: Gonçalo Villaverde/Global Imagens
A gala aconteceu no dia 30 de maio de 2010 e teve apresentação de Júlia Pinheiro.
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Durante uma sessão de autógrafos da sua biografia.
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O canto - sobretudo o lírico - era outra das suas paixões.
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Contracenou com o enteado, Tiago Teotónio Pereira, na série "Os Compadres", da RTP1.
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Nicolau era um homem de palavra pronta.
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Deu cara e nome ao programa da RTP1 "Nico à Noite" (2011), a sua última experiência enquanto apresentador.
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À frente do "talk show" "Nico à Noite".
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Com a amiga Fernanda Serrano, com quem protagonizou a novela "Louco Amor" (TVI, 2012/2013).
Fotografia: Nuno Pinto Fernandes/Global Imagens
A sétima arte era a sua grande paixão.
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Ao lado de Mafalda Bessa, com quem foi casado durante nove anos.
Fotografia: Thomas Meyer/Global Imagens
Fotografia: Thomas Meyer/Global Imagens
Em sua casa, na Lapa.
Fotografia: Steven Governo/Global Imagens
Em sua casa, na Lapa.
Fotografia: Steven Governo/Global Imagens
Surpreendeu tudo e todos quando aceitou o convite para fazer parte do programa "A Tua Cara Não Me é Estranha", da TVI, em 2013.
Fotografia: Carlos Manuel Martins/Global Imagens
Em 2013, apoiou António Costa na sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa.
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Fotografia: Gonçalo Villaverde/Global Imagens
Nas instalações da Nicolau Breyner Academia (NBA), uma academia de atores que abriu em 2014.
Fotografia: Orlando Almeida/Global Imagens
Na apresentação do filme de Edgar Pêra "Virados do Avesso", o penúltimo filme em que participou.
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Com Fátima Lopes, de quem era grande amigo.
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De partida para Moçambique, para gravar a novela "A Impostora", produção em que estava envolvido quando perdeu a vida.
Fotografia: Nuno Pinto Fernandes/Global Imagens
Centenas de pessoas quiseram fazer a última despedida a Nicolau na Basílica da Estrela.
Fotografia: Leonardo Negrão/Global Imagens
O último adeus a Nicolau Breyner.
Fotografia: Leonardo Negrão/Global Imagens
Numa entrevista franca com Rui Unas, Herman José falou sobre a relação dos artistas com o dinheiro e da sua influência nas suas vidas. O nome de Nicolau Breyner rapidamente surgiu na conversa.
A vida de um artista em Portugal é muito feita, na sua generalidade, de preocupações. Com o dinheiro. A ponto de o comediante, um dos mais reconhecidos na nossa praça, reconhecer que “não há artistas ricos em Portugal.”
“O artista em Portugal é só a ponta do icebergue. Falta o resto. Quando a ponta do icebergue avaria, não há nada em baixo. Acabou. Vai-se para a Casa do Artista.”
Nicolau Breyner não precisou da ajuda da Casa do Artista, que, em 2010, albergava 73 artistas com dificuldades, sobretudo no setor financeiro. Apesar disso, o ator, que morreu aos 75 anos em março do ano passado, não se despediu feliz deste plano da vida.
Percorra a galeria acima e veja os melhores momentos da vida de Nicolau Breyner.
“O Nicolau [Breyner] teve um final de vida tristíssimo, amargurado. O mercado começou a apertar, os ordenados começaram a baixar. Os encargos ficam imensos com a família e com a própria saúde. A pessoa, à medida que vai envelhecendo, precisa cada vez mais de gastar dinheiro com ela própria”, revelou Herman José, numa entrevista concedida a Rui Unas, para o podcast “Maluco Beleza”.
“Uma das grandes tristezas do Nicolau
era a falta de dinheiro.”
Revelações feitas por um amigo de longa data, que alcançou num primeiro momento a popularidade graças a Nicolau, ao participar na rábula “Sr. Feliz e Sr. Contente”, no programa “Nicolau no País das Maravilhas”. Datava o ano de 1975 e era exibido no canal de maior audiência em Portugal, a RTP1 (à data, existia há sete anos, para além do Canal 1, somente a RTP2).
“Se o Nicolau fosse rico e tivesse os 600 mil milhões de libras da Madonna, estava vivo e era um tipo feliz. Estava a fazer filmes… Pagava ele”, assegurou. Não é de estranhar. Afinal, Nicolau Breyner era um homem de cinema. Participou enquanto ator em cinco dezenas de filmes, em muitos deles assumindo também o papel de produtor e realizador.
Nicolau Breyner despediu-se da vida aos 75 anos, a fazer televisão. O intérprete era considerado o pai das telenovelas em Portugal, por ter sido o autor e protagonista de “Vila Faia”, a primeira no nosso país. Na altura do seu desaparecimento, o multifacetado artista integrava o elenco da trama “A Impostora”, da TVI.
Amália Rodrigues, outro caso flagrante
Fotografia: Arquivo
Para além de Nicolau Breyner, Herman José falou também de Amália Rodrigues, o nome maior do fado em Portugal.
A fadista teve da mesma forma um final de vida difícil. Uma vez mais por causa de dinheiro. “A Amália [Rodrigues] vivia lindamente porque trabalhava. Quando deixou de trabalhar, começaram a fazer contas e a entrar em pânico. O último jantar que eu tive em casa da Amália foi um ‘Strogonoff’ de frango. E as garrafas eram desirmanadas, porque eram ofertas. Ninguém tinha ido comprar”, relatou.