Patrícia Tavares: “A comédia é muito exigente”

Fotografia: Instagram Patricia Tavares

A “Estrelícia” da novela “Rua das Flores” fala da trama das tardes da TVI e lembra a importância de Nicolau Breyner na celebração de 30 anos de ficção da produtora Plural.

Com um percurso de 35 anos na ficção nacional e internacional, desde a participação em “A Mala de Cartão” (1987), “Roseira Brava” (1995) ou, mais recentemente, “Para Sempre” (2021), Patrícia Tavares pode ser também vista nas tardes da TVI no papel de “Estrelícia”, na novela “Rua das Flores”, onde interpreta uma mulher na casa dos 40, que todos tratam por “Liz”, e que é sócia da empresa de administração de condomínio que administra todos os prédios da rua… menos um: o prédio que está em construção.

Atriz de créditos firmados, com extenso currículo, também, no teatro e no cinema, a intérprete falou com a N-TV a propósito da trama que faz companhia aos telespetadores diariamente. “Estou numa equipa cheia de talento, desde os técnicos, aos atores, ao texto, à produção e realização. E não podia estar mais feliz por fazer parte desta ‘rua’”, começa por referir.

Patrícia Tavares assume que este é um projeto especial, por ter uma certa “leveza”. “É verdade, mas este género de produto tem outro lado, as personagens também têm situações por resolver. Já gravei cenas difíceis porque como estás a fazer comédia tens de encontrar depois a zona certa para fazer as outras cenas”, acrescenta a atriz.

“A leveza também é aliciante, também é difícil e também dá trabalho. Existe uma leveza porque a energia que me é convocada é uma energia mais para cima, mas requer dedicação. Aliás, a comédia é muito exigente”, garante.

Numa altura em que a produtora de novelas Plural, empresa parceira da TVI, celebra 30 anos de ficção nacional, Patrícia Tavares recorda alguns dos melhores momentos, que viveu desde o início. “Ao longo destes 30 anos todos os projetos fizeram de mim o que sou. Talvez o que me marcou mais foi o último projeto que fiz com o Nicolau Breyner, pelo facto de o termos perdido. Isso foi marcante”.

“Não se pode falar nestes 30 anos de ficção sem se falar no Nicolau Breyner, foi o motor de arranque disto tudo, com o Tozé Martinho, o António Parente também e outras pessoas que se foram juntando”.

A atriz recorda, em seguida, o que esteve na origem da Plural Entertainment. “Lembro-me da Edimpim, da Atlântida e a Plural foi a produtora que sobreviveu e se manteve ao longo destes anos, que se modernizou”.

“Estes 30 anos significam a minha vida, um pouco daquilo que eu sou, grande parte de mim faz parte da televisão. Não faço balanços, confesso, não tenho tempo nem paciência para isso, mas quando sou obrigada a parar penso: ‘Bolas, 30 anos, que pintarola’. Acho que estamos todos de parabéns”, diz, à despedida.