O ator Pedro Carvalho integra o elenco da telenovela “Escrava Mãe”, que estou na RTP1 esta segunda-feira, 12 de fevereiro.
“Escrava Mãe” foi o primeiro trabalho em Terras de Vera Cruz de Pedro Carvalho. Em conversa com a N-TV, o ator fala sobre a carreira no Brasil. A telenovela estreou na RTP1 esta segunda-feira, 12 de fevereiro.
“Escrava Mãe” foi exibida no Brasil em 2016 e 2017. Qual foi a aceitação do povo brasileiro?
A novela foi muito bem avaliada, pelo público e pela crítica. O investimento feito foi de alta tecnologia, nos cenários, navios negreiros fictícios, equipamentos, guarda roupa, luz,… Cada cena é realmente muito fiel à obra literária, já que a novela é inspirada nela. É tudo muito poético, ainda mais sendo uma novela de época. A audiência foi muito boa na época. Vencemos o Emmy na Coreia e eu fui nomeado para vários prémios, com esse personagem.
Que memórias, profissionais e pessoais, guarda das gravações do outro lado do Atlântico?
A novela “Escrava Mãe” foi a minha primeira novela no Brasil, em 2015, escrita por Gustavo Reis e com a direção artística de Ivan Zettel. Esta novela marcou o início da minha jornada profissional no Brasil e não poderia ter sido mais especial. Ambientada em 1803, esta história é inspirada numa obra literária que conta a prequela da tão conhecida história da ‘Escrava Isaura’. Nesta história, um português, Miguel Sales (interpretado por mim), chega ao Brasil em busca de descobrir quem matou o seu pai e os mistérios que envolvem a sua família e acaba por se apaixonar pela escrava Juliana (interpretada por Gabriela Moreira). Fazer o protagonista desta história foi muito desafiador e muito gratificante. Trabalhei com colegas que todos nos habituamos a ver em novelas Brasileiras como Zezé Motta, Jayme Peryard, Luiza Tomé, Bette Coelho, entre tantos outros. A nível técnico trabalhámos em cidades cenográficas enormes, muitas delas fazendas reais e até um navio negreiro foi construído em estúdio. Este último tinha um sistema de automação que simulava o balancear de uma viagem marítima. Fui muito feliz neste projecto e fiz amigos para a vida.
No papel de “Miguel” viveu uma intensa história de amor na novela. Na trama enfrentou muitos obstáculos?
Muitos! Todos e mais alguns! O “Miguel” enfrenta tudo e todos para conseguir ficar com a sua amada “Juliana”. É uma história de amor linda, romântica, forte. Acho mesmo que o público vai torcer por este casal do início ao fim.
Qual acha que vai ser a reação dos telespetadores portugueses?
Acho mesmo que o público português se vai rapidamente fixar à televisão e prender-se a esta história tão bonita. As atuações são muito boas, feitas por atores bem conhecidos das novelas brasileiras pelo público português. A direção, toda a ambientação de época é muito cuidada, ao mínimo detalhe.
Seguiu-se uma carreira de sucesso no Brasil. Quais são os seus próximos projetos?
Estou a gravar a novela “FUZUÊ”, na Globo, onde interpreto o “Rui”, um dos vilões da trama, já é um personagem “brasileiro”, o que para mim é uma conquista também e é um personagem que me está a dar muito prazer interpretar. Quando as gravações terminarem irei avaliar os próximos passos. Mas não antes de tirar umas férias curtas