Salvador Sobral sobre transplante cardíaco: “Seria um cubo de gelo se não tivesse medo”
Salvador Villar Braancamp Sobral nasceu no dia 28 de dezembro de 1989.
Fotografia: Facebook Salvador Sobral
Aos 12 anos, participou no concurso "Bravo Bravíssimo", transmitido pela SIC. Em 2009, participou no "Ídolos", concurso do mesmo canal.
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Salvador Sobral tinha 19 anos quando concorreu à terceira edição do "talent show" "Ídolos".
Fotografia: Global Imagens
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Depois da sua participação em "Ídolos", considerou ser psicólogo especializado na área desportiva e cantou em bares e hotéis de Palma de Maiorca.
Fotografia: Facebook Salvador Sobral
Salvador estudou jazz em Barcelona, na prestigiada escola Taller de Músics.
Fotografia: Facebook Salvador Sobral
O seu primeiro disco, "Excuse Me", foi lançado em 2016.
Fotografia: Facebook Salvador Sobral
Em "Excuse Me", todas as canções são compostas por Salvador e pelo compositor venezuelano Leonardo Aldrey, excepto o clássico do jazz "Autumn in New York", a reinterpretação da canção "Nem Eu", do bahiano Dorival Caymmim, e ainda um tema composto por Luísa Sobral para o irmão, "I Might Just Stay Away".
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Ainda em Barcelona, no início de 2014, colaborou com a banda Noko Woi, formada por venezuelanos radicados em Barcelona e com a qual atuou no festival Sónar.
Fotografia: Facebook Salvador Sobral
Luísa Sobral compôs o tema vencedor da Eurovisão de 2017. A irmã de Salvador também passou pelo "Ídolos", em 2003, estudou música nos Estados Unidos.
Fotografia: Facebook Salvador Sobral
Foi Luísa Sobral que convenceu Salvador a estudar música quando o irmão ponderava ficar a cantar em hotéis.
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Salvador venceu o Festival da Canção com o tema "Amar Pelos Dois" e apurou-se para representar Portugal na primeira meia-final da Eurovisão, em Kiev.
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A canção de Salvador foi a preferida do júri e a segunda mais votada pelos telespectadores, tendo sido assim apurada para a final.
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A um dia da gala, o português era o candidato favorito a vencedor, segundo as casas de apostas.
Fotografia: Gleb Garanich/Reuters
Salvador Sobral trouxe pela primeira vez o troféu do Festival Eurovisão da Canção para Portugal.
Fotografia: Instagram Salvador Sobral
O tema "Amar pelos dois" atingiu a votação histórica de 758 pontos, liderando tanto o televoto como a votação de júri dos 42 países votantes.
Fotografia: Gleb Garanich/Reuters
Portugal conquistou a sua primeira vitória neste festival, batendo em quase 200 votos o recorde de votação de uma canção vencedora da Eurovisão.
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Salvador e Luísa Sobral foram homenageados na Assembleia da República pela vitória no Festival Eurovisão da Canção.
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A prestação do cantor teve uma grande repercussão nos meios de comunicação social nacionais e internacionais. A TVE e o "El País" entrevistaram Salvador e jornais como "Daily Express", "Metro" e "The Sun" deram destaque ao cantor e à canção portuguesa.
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Salvador Sobral foi recebido como herói no aeroporto de Lisboa após a conquista da Eurovisão. Foi esperado por centenas de pessoas.
Fotografia: Pedro Nunes/Reuters
O cantor foi um dos artistas que participou no concerto solidário Juntos por Todos, no Meo Arena, de homenagem às vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande.
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O músico subiu ao palco EDP, no festival Super Bock Super Rock, com a banda Alexander Search, em julho do ano passado.
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Salvador Sobral foi entrevistado no programa da SIC "Alta Definição" antes de viajar para Kiev e falou da paixão que sente pela música.
Fotografia: Instagram Salvador Sobral
Salvador Sobral juntou-se ao cartaz do festival de Vilar de Mouros.
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O último concerto de Salvador Sobral antes da pausa na carreira foi visto por milhares de pessoas. Luísa Sobral subiu ao palco para acompanhar o irmão no momento de despedida.
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A informação sobre o último concerto foi divulgada através do Facebook do músico e de um vídeo no qual o cantor afirma que tinha chegado "a altura de entregar o corpo à ciência", revelando ainda não saber o tempo que podia demorar a arranjar uma solução para o seu problema de saúde.
Fotografia: Rui Manuel Fonseca/Global Imagens
Abraçado à irmã, Luísa, e em lágrimas: foi assim que se despediu temporariamente dos palcos. Salvador recebeu um transplante de coração no dia 9 de dezembro, depois de meses à espera de um coração compatível.
Fotografia: Instagram Salvador Sobral
Apresentou-se de cabelo bem curto no Festival Bons Sons, realizado na aldeia de Cem Soldos, em Tomar.
Fotografia: Instagram
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João Adelino Faria começou a entrevista, esta noite, no “Telejornal”, da RTP1, a Salvador Sobral, sobre o tema que os espectadores esperavam: o transplante de coração a que o cantor, de 27 anos, foi submetido em dezembro do ano passado.
“Poderás sentir de outra forma?”, perguntou-lhe o jornalista. “Não. O coração é um músculo. A alma está cá”, respondeu o vencedor do ano passado do Festival Eurovisão da Canção.
A entrevista à estação pública de TV foi a primeira do músico em Portugal depois da operação. Visivelmente mais gordo, Salvador Sobral referiu-se ao ano de 2017 como “o mais díspar que se pode imaginar”. Um ano em que viveu “duas experiências únicas” e que culminou com o transplante cardíaco, realizado no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide.
“Não senti nada quando acordei [da anestesia]. É uma experiência fora da realidade. O ser humano é super adaptável e eu adaptei-me. Aquela situação para mim era a realidade. Não é nada do outro mundo”, garantiu o intérprete de “Amar pelos dois”, tema que em 2017 deu a vitória no certame musical europeu ao nosso país. “Prefiro não ser metafísico e ser prático. Tinha este problema e agora está resolvido. Eu queria era cantar”, acrescentou, garantindo não ter curiosidade relativamente à identidade do dador do órgão.
Questionado sobre se teve medo da intervenção, Salvador foi perentório: “Claro que tive medo. Seria um cubo de gelo se não tivesse”.
Ter um coração “novo” não lhe alterou os sentimentos, mas influenciou-o “de uma maneira física”. Ficou com “a voz um bocadinho frágil”, explicou, devido aos medicamentos que tem de tomar diariamente. “Acho que vai voltar ao que era”, acredita.
Agora, e depois de quatro meses internado, espera-o o regresso aos palcos. “O meu sonho imediato é viajar e tocar pelo mundo inteiro”, desabafou. Irá começar pelos arquipélagos dos Açores e da Madeira, noticiou. Será “nas ilhas” o seu “renascimento” para a vida artística.
Além disso, Salvador Sobral já tem, como foi noticiado na semana passada pelo jornal espanhol “ABC”, previstos vários espetáculos em festivais de verão no país vizinho, que acontecerão a partir de 27 de junho.
Ainda antes, deverá subir ao palco do Festival Eurovisão da Canção deste ano, que graças à sua vitória na edição anterior acontece pela primeira vez no nosso país. A final realiza-se a 12 de maio, no Parque das Nações, em Lisboa.