Sérgio Conceição chora a morte da mãe e lembra a partida do pai um dia após ter assinado pelo F.C. Porto

Sérgio Conceição tinha 16 anos quando, no dia a seguir ao ter assinado pelo F.C. Porto, o seu pai morreu vítima de um acidente de viação. Dois anos depois, ficou órfão de mãe, o seu “grande ídolo”. O treinador não contém as lágrimas ao falar dos pais e expressa que o seu “caráter e personalidade” se deve a eles.

Com uma vida “pautada sempre por momentos marcantes”, o atual técnico do clube dos dragões recorda, em entrevista à revista “Cristina”, o período da morte do seu progenitor, em que encontrou “sempre na família e na religião” uma forma de se preencher.

“Lembro-me de assinar pelo F.C. Porto, depois de conseguirmos dar a volta ao meu pai, para me deixar ir a uma cidade grande como o Porto. Aconteceu que, depois de dois, três meses de insistência – quer por parte dos dirigentes do Porto quer pela minha parte – em ir jogar para o F.C. Porto, no dia a seguir à assinatura do contrato o meu pai faleceu”, relatou Sérgio Conceição, que acredita que, onde quer que esteja o seu pai, “está certamente a ver e está feliz”.

Dois anos depois, um novo embate na vida do treinador do clube campeão nacional de futebol: a morte da mãe, “o momento mais difícil” da sua vida. “Pensei em deixar o futebol. (…) Senti-me perdido no momento”, assume Sérgio, com os olhos marejados de lágrimas, que acabam por correr no seu rosto. O técnico diz que a mãe lhe faz “muita” falta, sobretudo “nas coisas mais básicas”. “Num abraço, num beijo.”

Para sempre agradecido pela “educação rígida” que o pai, um homem “de aldeia, trabalhador e com princípios fantásticos”, lhe transmitiu, Sérgio Conceição não tem qualquer dúvida em afirmar que esses ensinamentos ajudaram na formação do seu “caráter, personalidade e forma de relacionar com os outros”.

“Foi uma educação rígida, mas eu adorava o meu pai. A minha mãe continua a ser o meu grande ídolo. (…) Continuo todos os dias a pensar neles. E a rezar por eles também. E a pedir que eles protejam a família deles. A minha família. Os meus filhos, a minha mulher, os meus irmãos. Toda a gente”, remata.

TEXTO: Dúlio Silva

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