Famosos lamentam guerra na Ucrânia e pedem paz

Fotografia: Instagram de Catarina Raminhos

Após o avanço russo sob a Ucrânia, na madrugada desta quarta-feira, 23 de fevereiro, são vários os rostos conhecidos que recorreram às redes sociais para lamentar os ataques.

Durante a noite houve um bombardeamento no Aeroporto de Kiev e outras cidades ucranianas, atos condenados por várias personalidades conhecidas nas redes sociais, nomeadamente Instagram.

Catarina Raminhos foi uma das pessoas que se insurgiu contra este ataque. “‘A guerra é o pior dos suicídios’. Não sei quem é o autor da frase mas li-a em miúda e nunca mais me esqueci”, começou por dizer.

“Como é que é possível que nos dias em que vivemos ainda haja espaço para dar início a uma guerra? Só gente muito doente pode ignorar de forma consciente tudo o que as guerras já destruíram ao longo da história da humanidade. Nem sei o que chamar a este traste mas mandava-o para fora do planeta juntamente com outros do género”, rematou.

Nuno Markl também se manifestou em relação a este assunto: “Uma noite surreal e que ainda me parece meio sonhada. Mas acordei com uma insónia, por mero acaso, minutos antes do ataque e pela primeira vez na minha vida vi o Twitter a explodir em tempo real com um acontecimento desta dimensão”, começou por escrever.

“Vídeos, notícias, casos particulares. De repente partilhavam-se webcams em directo de Kiev, clarões no céu, carros em fuga na madrugada e muita gente a sentir este momento de terror perto demais. Fui ao Radio Garden perceber como reagiam as rádios da Ucrânia ao que estava a acontecer. E percebi que não estavam a reagir – ironia amarga das ironias amargas, a quantidade de rádios de música easy listening e de relax supera em muito as de notícias. Enquanto começava o inferno, os computadores de rádios ucranianas debitavam instrumentais de Kenny G, Mantovani e outra música delicodoce que nunca me soou tão fantasmagórica, perturbadora e triste”, rematou.

Já Rita Ferro Rodrigues mostrou-se indignada: “‘E agora o que fazemos?’ Estamos do lado inequívoco da paz. Putin és um ditador, psicopata, facínora. Imagino o sobressalto do povo ucraniano, das crianças. Que dia triste e impensável. A todos os ucranianos em Portugal e todos os que precisem de abrigo – estamos convosco, de coração aberto”, escreveu.

Joana Cruz juntou-se aos rostos conhecidos e apelou à paz. “Paz Rússia e Ucrânia”, escreveu apenas.

A fadista Gisela João não conseguiu ficar indiferente à situação. “Que dor profunda. Há uns dias via uma reportagem sobre as movimentações Russia/Ucrânia e vi uma senhorinha, a vender peixe no mercado, a quem perguntavam: – Acha que vem aí uma guerra? – Não! Não, não pode vir guerra nenhuma! Tenho os meus filhos e os meus netos em casa e muito trabalho para andar para a frente – enquanto sorria por achar tudo isto impossível de acontecer”, começou por escrever.

“Penso nessa mulher e nas milhentas famílias a quem a vida foi tirada, a quem os sonhos estão a ser esmagados a cada segundo. O medo, o medo de existir de tanta gente.
O mundo está doente há muito tempo mas aos poucos ia lambendo as feridas quando agora um grupo de seres abjetos se lembra de começar uma guerra. Se há dias em que discuto defendendo que não há pessoas más, hoje sinto a vergonha do mundo. Que tristeza profunda”, rematou.