Florbela Queiroz esteve à conversa com Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz no matutino “Dois às 10”, na TVI, e fez algumas revelações.
A atriz, de 79 anos, protagonizou uma entrevista franca e intimista quatro meses após a morte do seu filho.
A intérprete falou sobre a forma como lida com o luto e confessou ter feito um testamento vital.
Florbela Queiroz contou que ainda escreve ao filho através do Facebook: “Ontem, à noite, escrevi que vinha cá. Faço, porque eu acredito que isto é uma passagem. Acredito que ele lê, só que não me responde assim, responde de outras maneiras. E responde…”.
A artista conta com uma carreira de 65 anos e refletiu sobre a importância do trabalho: “Se nós não nos agarrarmos a alguma coisa, o que estamos aqui a fazer? Não tenho ninguém. Se não tiver o teatro, quero mais é ir-me embora”. A atriz garantiu ainda: “Nunca fui uma pessoa feliz”.
“Já fiz tudo o que tinha para fazer nesta vida, já plantei árvores, já tive um filho, já escrevi, a única coisa que tenho, neste momento, é o teatro e, se me tiraram isto, então, mandem-me embora”, afirmou mais uma vez.
De seguida, Florbela Queiroz fez uma revelação: “E tenho o testamento vital. Se me der alguma coisa, ninguém me pode acordar. Não quero. Não quero cá ficar. Já que não há eutanásia para as pessoas que sofrem – o que é um grande disparate, ninguém tem o direito a sofrer. Não me assusta minimamente a morte, assusta-me é estar numa cama dependente ou numa cadeira dependente. E isso é que eu não quero”.