Jonathan Bailey confessa que já fingiu ser heterossexual para se integrar

Fotografia: Instagram de Jonathan Bailey

Jonathan Bailey é o protagonista da segunda temporada da trama “Bridgerton”, da Netflix, em que dá vida a Anthony, o irmão mais velho dos Bridgerton, que nesta temporada vive um triângulo amoroso com as irmãs Sharma [Simone Ashley e Charithra Chandran]

O ator, de 33 anos, falou, numa entrevista ao jornal “Evening Standard”, sobre o facto de dar vida a uma personagem heterossexual, sendo homossexual.

“Tendo em conta que a Internet é um sítio em que qualquer pessoa pode dizer o que quiser, não houve ninguém que tenha expressado antipatia ou que tenha levantado essa questão, isso é bom”, afirmou.

“Quero que os atores gays possam desempenhar papéis gays, mas para mim é muito importante que todos em casa possam ver um pouco de si próprios no ecrã, que sejam ouvidos e vistos, e que isso lhes permita ter aspirações”, disse à publicação britânica.

“Sabemos que existe um histórico de precisares de estar no armário para teres sucesso e seres famoso, sobretudo na área da representação”, referiu. “A ideia de não se acreditar nas relações heterossexuais da narrativa se souberes que um dos atores é gay… toda a gente deveria poder interpretar tudo. Vamos eliminar as teias de aranha e uma das sombras do passado, que tem a ver com precisarmos de ser mais abertos à ideia de ambos os sexos interpretarem diferentes lados. Existem interpretações incríveis de pessoas hetero a fazer de gays e de gays a interpretarem heteros”, acrescentou.

Numa outra entrevista, desta vez, à edição britânica da revista “GQ”, o ator confessou que chegou mesmo a fingir ser heterossexual para ser aceite na indústria cinematográfica. Em declarações à “GQ”, o intérprete revelou que um colega e amigo gay foi aconselhado a não assumir a sua orientação.

“Na altura, disseram-lhe: ‘Existem duas coisas que não queremos saber: se és alcoólico ou se és gay’. Basta que uma pessoa numa posição de poder diga isso… Por isso, sim, claro que pensava assim. Claro que pensava que, para ser feliz, precisava de ser heterossexual”, explicou.

“Cheguei a um ponto em que pensei ‘que se lixe’ prefiro dar a mão ao meu namorado em público e pôr a minha cara no Tinder, sem estar preocupado com isso, do que conseguir um papel”, confessou.