Livro de Britney Spears já está nas bancas: depressão pós-parto e os anos que viveu sob tutela

Britney Spears
Concerto de Britney Spears no Pavilhão Atlântico, Parque das Nações em Lisboa. [Fotografia: Jorge Amaral/Global Imagens]

“A Mulher que Há em Mim”, livro de Britney Spears, já está nas bancas. A cantora falou sobre temas polémicos como a depressão pós-parto e as traições.

O livro “A Mulher que Há em Mim”, de Britney Spears, chegou esta terça-feira, 24 de setembro, às bancas. Na obra, que conta com 250 páginas, a cantora fala sobre temas polémicos, nomeadamente relacionados com a família.

Durante 13 anos, Jamie Spears, pai da intérprete de “Everytime”, exerceu uma tutela sob a própria. O que fez a artista renunciar à sua liberdade? “Se me perguntarem porque é que eu me sujeitei a isto, há uma razão de peso. Fi-lo pelos meus filhos [Sean Preston, 17 anos, e Jayden, 16]. Como cumpria as regras, pude ter os meus filhos de volta. Foi um verdadeiro êxtase poder voltar a abraçá-los”, refere no livro, citada pela Delas.pt.

Aos 41 anos, Britney revela vários episódios traumáticos. “Não me custa admitir que, a braços com o que agora sei o que era uma depressão pós-parto, com o abandono do meu marido, a verdadeira tortura de estar separada dos meus dois bebés, a morte da minha adorada tia Sandra e a pressão constante dos paparazzi, em alguns aspetos eu tivesse, de facto, a pensar como uma criança”, escreve.

Já no centro dos holofotes, Britney manteve um relacionamento com Justin Timberlake. A estrela pop chegou a engravidar do cantor: “A certa altura, engravidei do Justin. Foi uma surpresa, mas não foi nenhuma tragédia para mim. (…) Não queria convencê-lo a ser uma coisa que ele não queria. Como consequência, e tenho a certeza de que as pessoas vão odiar-me por isto, concordei em não ter o bebé. Nunca tinha imaginado que escolheria fazer um aborto, porém, dadas as circunstâncias, foi isso que fizemos. Se a decisão fosse só minha, nunca o teria feito. Mas Justin tinha a certeza de que não queria ser pai”.

Mais à frente, Britney falou sobre o olhar machista da indústria: “Nas notícias eu era descrita como uma vadia que tinha despedaçado o coração do menino de ouro [Justin Timberlake] da América. A verdade era que eu estava meio morta no Luisiana e ele andava todo feliz a passear-se. (…) Hollywood sempre se mostrou mais tolerante com os homens do que com as mulheres. E deu para ver como os homens era encorajados a dizerem as piores coisas das mulheres para se tornarem famosos e poderosos”.

“Agora sei que na altura estava a evidenciar todos os sintomas de depressão pós-parto: tristeza, ansiedade, fadiga. Assim que os bebés nasceram, adicionei a minha confusão e obsessão em relação à segurança deles, que escalava à medida que a atenção dos meios de comunicação social se concentrava em nós”, contou.

Sobre a tutela, Britney explicou: “Durante 13 anos não pude comer o que me apetecia, nem guiar, nem gastar o meu dinheiro como queria, nem beber álcool, nem sequer café. A liberdade para o que queria fazer trouxe-me de volta a minha feminilidade. Agora, nos meus quarentas, estou a experimentar fazer coisas como se fosse pela primeira vez”.