Afonso Pimentel regressou ao pequeno ecrã há uma semana com a série “Matilha”. Ator conta como fica angustiado ao trocar cada personagem.
Depois da série “Sul”, Afonso Pimentel e Margarida Vila-Nova estão de volta na série “Matilha”, que dá continuidade ao primeiro projeto. A RTP1 estreou na semana passada a história de “Matilha” e “Mafalda”, que se vão ver metidos em aventuras perigosas.
O ator, que dá vida a um “bom malandro”, assume a sua angústia sempre que muda a personagem e, consequentemente, o seu registo enquanto intérprete. “Fiz o ‘Sul’, a seguir apanho outro bom malandro, o ‘Toni’, da novela ‘Nazaré’, depois fui buscar outra vez o ‘Matilha’ e foi muito difícil”, começa por admitir.
“Em novela tenho de descobrir rapidamente quem é a minha personagem porque tu começas num ritmo gigantesco: na série gravamos doze ou 13 cenas e já era puxado e nas novelas gravas 30. Há uma angústia muito grande, que também tive nesta ‘Senhora do Mar’”, acrescenta Afonso Pimentel, a propósito da nova novela que a SIC está a gravar nos Açores. “Quanto mais cenas estou a gravar, sem saber quem é o papel, mais frágil posso ser”, assume de seguida.
Assim, Afonso Pimentel vai “matando personagens”. “É uma angústia que só é fixe se tens o teu restauro a seguir. Mas também já aprendi a não viver angustiado, mas do que vi está muito fixe e está na linha do que criámos para o ‘Sul’”.
Quando começa “a entrar em fases mais angustiadas com estas questões”, o ator tenta “descobrir o que é mais importante”: “É pegar no puto e ir andar de moto com ele e pegar na minha filha e brincar com ela e perceber que ao fim do dia é só uma série. Estou uma semana toda a bulir na novela, à sexta-feira fecha a loja e o fim de semana é todo para eles”.
Sobre a série que estreou na passada semana à noite na RTP1, Afonso Pimentel descreve o seu protagonista. “O ‘Matilha’ é um malandro de bairro, esguio, é apaixonado pela personagem da Margarida Vila-Nova, a ‘Mafalda’”. “É um puto, não cresceu e, anos depois, continua a ser um garoto sem responsabilidades e a fazer asneiras mas, desta vez, com consequências bastante mais graves”, remata.