Depois de o primeiro julgamento ter sido anulado em junho do ano passado, o ator e comediante Bill Cosby volta a sentar-se no banco dos réus para responder por três agressões sexuais agravadas.
Em 2004, Bill Cosby foi acusado de drogar e violar Andrea Constand, uma antiga funcionária da Universidade de Temple. Constand, na altura colaboradora da equipa de basquetebol da instituição, alega que Cosby lhe deu vinho e três comprimidos para relaxar e que a penetrou com os dedos enquanto estava inconsciente.
Andrea Constand é uma das 50 mulheres que acusam o ator conhecido como o “pai da América” de crimes de abuso sexual, mas a única cujas alegações deram origem a um processo-crime. Cosby defendeu que a relação sexual foi consentida.
As queixas foram feitas dias antes de o crime prescrever – no Estado da Pensilvânia, os crimes de natureza sexual prescrevem ao fim de 12 anos. O primeiro julgamento foi anulado em junho, depois de o júri não ter chegado a um veredito unânime, ao fim de seis dias de depoimentos e mais de 50 horas de deliberações.
O ator e comediante, de 80 anos, é agora representado por Thomas Meserau, advogado que representou Michael Jackson quando este foi acusado de abuso sexual de menores em 2005. O júri também mudou em relação ao primeiro julgamento, sendo que o juiz e o tribunal de Filadélfia em que o julgamento está a decorrer são os mesmos.
TEXTO: João Farinha (com DS)
