Atriz Gabriela Barros dá vida a operacional do 25 de abril

Gabriela Barros integra elenco da série
[Fotografia: Paulo Alexandrino/Global Imagens]

Gabriela Barros acabou de gravar a série “Sempre”, sobre a Revolução. Atriz conta importância do tema nos 50 anos do 25 de abril.

No ano em que se celebram os 50 anos do 25 de abril, Gabriela Barros acaba de gravar a série “Sempre”, que tem estreia marcada para junho e conta histórias de vidas anónimas em seis episódios. “Catarina”, interpretada pela atriz, é uma dessas pessoas. Está grávida, é operacional do PCP e tem o marido preso.

“É uma altura muito desafiante. Para mim é fantástico fazer parte desta comemoração. É um ano importante. E de tanto ouvirmos falar, dos nossos pais, dos nossos avós, de como foi este dia, estar aqui a retratá-lo é um privilégio. Estou muito feliz”, diz Gabriela Barros à N-TV, à margem das recentes gravações junto ao quartel do Carmo, em Lisboa.

“O 25 de abril cruza-se com muitas histórias que já ouvi, de familiares, de colegas. Neste processo criativo foi engraçado e trágico ao mesmo tempo descobrir que há tantas histórias próximas de muitos colegas, que foram presos, alguns torturados. Foi curioso descobrir que não é uma realidade nada distante de mim e continua a ser importantíssimo retratar e falar”, acrescenta a artista.

Antes de gravar a série “Sempre”, Gabriela Barros já tinha trabalhado na segunda temporada de “A Espia”, outro documento de época. “Adoro séries de época. Esta em particular, porque é nossa e é tão recente”, nota.

Na trama realizada por Manuel Pureza, “Catarina” está na clandestinidade. “Houve uma força coletiva que trabalhou na clandestinidade para ver este dia a acontecer. Houve esforços coletivos e individuais que foram necessários na altura para travar a ditadura”, realça.

Sobre a sua personagem: “Sou uma operacional do partido, na clandestinidade. Tenho o meu marido preso, por ter escrito um artigo de jornal, a personagem está grávida de sete meses e venho ao Largo do Carmo, em Lisboa, um pouco como toda a gente, saber exatamente o que está a acontecer nesta manhã. Ouvi o anúncio na rádio e vim aqui ter com os meus camaradas”, contextualiza, à despedida.