Diogo Infante: “Covid-19 é dramático para os atores”

Diogo Infante
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O ator e encenador realizou e escreveu o argumento da curta-metragem “Olga Drummond”, que a RTP transmite hoje à noite. À N-TV fala, também, do drama do novo Coronavírus.

“Uma homenagem à nossa geração mais velha de atores”. É desta forma que Diogo Infante, ator e encenador e, agora, realizador, descreve a curta-metragem de 20 minutos “Olga Drummond”, que a RTP1 transmite hoje, sexta-feira, às 21.45 h. E as referências do nosso teatro, cinema e televisão estão lá todas: a começar por Eunice Munõz, que dá vida a Olga Drummond, passando por Ruy de Carvalho, Lourdes Norberto ou Manuela Maria, cujas personagens recebem na Casa dos Atores a maior atriz de todos os tempos, o que causa muita agitação, memórias de afetos mas, também, ressentimento.

Em entrevista à N-TV, Diogo Infante fala num “desejo antigo de realizar”. “Foi sempre protelado. Mas a oportunidade surgiu, através do Tino Navarro. Pediu-me para escrever algo com o qual me relacionasse”, começa por referir. “Nesta curta a Eunice Muñoz chega à Casa dos Atores e vai mexer com aquelas pessoas que estão lá”.

Segundo o artista, esta curta-metragem tem um objetivo. “Prestamos homenagem aos atores mais velhos que têm um legado e que vai ficar para nós”, acrescenta Diogo Infante, que quer realizar mais. “Gostava de experimentar, mas somos um país pobre e esta arte do cinema é muito cara. De qualquer maneira, além de ator, sou diretor artístico do Teatro da Trindade e até ao verão vamos ver o que acontece”, informa o artista, que deixa o mote para a pergunta: como é que o meio artístico está a lidar com a pandemia do Covid-19?

“É complicado. É uma altura dramática para os atores, tirando aqueles que têm um pé de meia. É uma atividade precária, com muitos descontos. Estamos num país pobre que nunca olhou para a Cultura como algo essencial”, remata.