Diogo Infante volta à televisão durante a covid-19: “Não podemos sufocar com o medo”

Diogo Infante
Fotografias: Instagram Diogo Infante

Diogo Infante é um dos protagonistas da série que a TVI acabou de gravar, “Quando Amar é Pecado”. O ator regressou ao trabalho depois do confinamento, no qual tentou preservar a sua “sanidade mental”.

A TVI voltou a apostar nas séries e gravou, nas últimas semanas, “Quando Amar é Pecado”, a história sobre um amor proibido com Diogo Infante, Dalila Carmo, Daniela Melchior e Lourenço Ortigão. Para os atores foi um regresso à televisão depois dos meses de confinamento obrigatório e numa altura em que o novo coronavírus continua a condicionar, também, a ficção nacional.

“Após esta paragem só o fato de estarmos aqui todos já é um ótimo sinal e é quase de forma emocionada que nos reencontramos à volta de um projeto que nos apaixona”, diz Diogo Infante, em entrevista à N-TV. “Foi duro, embora no primeiro mês em casa me tenha sabido bem porque estava muito cansado – estive sempre em teletrabalho, tive de resolver programação de teatro, traduzi textos e dizia poesia, para salvaguardar a minha sanidade mental. Depois comecei a cozinhar que era aquilo que fazia muito pouco”, admite o “Horácio Soares” da nova trama do quarto canal.

Diogo Infante defende que nunca como agora os portugueses valorizaram tanto a Cultura. “Nunca demos tanto valor a ler um livro e ver um filme, damos importância à ideia daquilo que as artes podem fazer por nós quando fomos confrontados com esta situação”. A seguir, o ator aponta o dedo aos vários governos. “Quem faz gestão dos orçamentos no poder político não valoriza a classe artística e há pessoas com situações precárias. Acho que se pode procurar outro modelo e criar outra estrutura de apoios sociais que não deixem os nossos artistas em situação de miséria. Falo de coisas estruturais que contemplem a realidade dos artistas, que é intermitente: hoje temos trabalho e amanhã não, hoje ganhamos muito e a seguir não ganhámos nada!”.

O regresso às aulas do filho adotivo, Filipe, custou menos ao artista devido ao ano que o menor frequenta. “Como ele entrou para o 12.º ano tem menos disciplinas e horários alternados. Acho, no fundo, que não nos podemos deixamos sufocar pelo medo e paralisar a nossa vida. A alternativa é pior e voltar todos a ficar fechados em casa”, conclui Diogo Infante.