Doença, lágrimas e uma “bebé” levada ao colo: o que a TV não mostrou na primeira semifinal do Festival da Canção

Festival da Canção 2024
Festival da Canção 2024 - 1ª Semifinal [Fotografia: Pedro Pina/RTP]

Estão apurados os primeiros seis finalistas do Festival da Canção. Houve lágrimas, entreajuda e uma concorrente que esteve em risco de não cantar.

Foram conhecidos na madrugada de domingo os primeiros seis apurados para a final do Festival da Canção, que a RTP1 vai transmitir no próximo dia 9 de março: Rita Rocha, Nena, Perpétua, Iolanda, João Borsche e Noble (repescado pelo público) levaram a melhor sobre a concorrência e estão mais perto de representar Portugal na final da Eurovisão, que se realiza em Malmo, na Suécia, entre 7 e 11 de maio (final). Para trás, numa escolha dividida entre os jurados e o público, ficaram Bispo, LEFT, Mila Dores e MELA.

Depois da atuação em palco e da entrevista à rádio pública, os seis finalistas juntaram-se aos jornalistas em estúdio para uma sessão de perguntas e respostas e despediram-se, à 01h30, exaustos, mas ainda com entusiasmo para conseguir cantar “à capela” para o Tik Tok e Instagram do JN.

Foi já madrugada fora que se descobriram alguns pormenores dos bastidores que não passaram no direto da RTP1: houve uma concorrente doente, outra que não resistiu às lágrimas antes da atuação e ainda a “bebé” do grupo que teve de ser amparada pelos outros participantes. No primeiro caso, Beatriz Capote, que com “Xumiga”, Diogo Rocha e Rúben Teixeira formam a banda que vem da Gafanha da Nazaré com a música “Bem Longe Daqui”, esteve mesmo em risco de atuar. “Tive uma crise na minha doença pulmonar. A RTP deu-me uma sala à parte para poder recuperar. Estou aqui por causa da banda. Foi o expoente máximo dos nervos”, conta a vocalista dos Perpétua à N-TV. O grupo ainda está a “digerir” a passagem à final e admite alguns “retoques na imagem” pop para o dia 9 de março.

Já Iolanda, dada como principal favorita nas redes sociais e artista do Festival com maior número de “streams” no Spotify com “Grito” emocionou-se na manhã de sábado. “No início estava muito nervosa e confesso que chorei um bocadinho de manhã. Estava meio ansiosa e meio confiante”. A intérprete ansiava pela cama à uma da manhã. “Agora só quero ir dormir, a minha cabeça não para de pensar em ideias”.

Rita Rocha, 17 anos, foi apelidada de “bebé” do Festival. “Sou a mais nova do grupo e sinto-me uma bebé e que tenho de provar o meu valor”, reconheceu aos jornalistas, ela que partiu para o programa com o tema “Pontos Finais” e com “zero expectativas”, até porque estava “muito ansiosa”.

Noble foi o sexto concorrente apurado. Repescado pelo público, o artista de “Memory” quer, na final, “dar continuidade a esta camaradagem de músicos”. Apesar de cantar em inglês, diz que não é a língua, qualquer que seja, que o define. Por fim, uma confissão: o “medo do palco foi avassalador” e Noble até já receou “estar na profissão errada”.

Nena, com “Teorias da Conspiração”, “não queria acreditar” no resultado obtido. “Já estava contente por participar. É uma grande alegria, estou mesmo contente, mas muito cansada”, disse.

Finalmente, João Borsch. “Passei e agora posso trabalhar mais tempo com a malta”, congratulou-se o cantor de “Pelas Costuras”. “Vou rever a atuação e, na final, vai mais uma vez tudo ser pensado ao pormenor”.

Na segunda semifinal, que acontece no dia 2 de março, estão em competição os temas de Buba Espinho, “O Farol”, Cristina Clara, “Primavera”, FILIPA, “You can’t hide”, Huca, “Pede choro”, João Couto, “Quarto para um”, Leo Middea, “Doce mistério”, Maria João, “Dia”, No Maka (Emanuel Oliveira e Duarte Carvalho), com a participação de Ana Maria, “Aceitar”, Rita Onofre, “Criatura”, e Silk Nobre, “Change”.