Foi o pioneiro dos programas de apanhados em Portugal. O ator Amadeu Caronho morreu, esta quarta-feira, aos 76 anos, em Lisboa. Nuno Graciano diz que “desapareceu o rei dos apanhados”.
A notícia domina a Internet, com o tom nas participações do ator na novela “Anjo Selvagem” ou na série “Inspetor Max”, ambas da TVI, e é precisamente por aqui que começa a conversa da N-TV com o apresentador e empresário Nuno Graciano.
“Qual novela! Qual série! O Amadeu Caronho era, há 20 anos, o rei dos apanhados! Foi disso que ele viveu, toda a gente o conhecia era dos apanhados!” insiste Nuno Graciano, que com Amadeu fez, por exemplo, o “Minas e Armadilhas”, para a SIC.
O apresentador recorda, inclusivamente, que Amadeu Caronho foi muito elogiado pela produção internacional dos apanhados, no Canadá: “‘Este Caronho é o melhor ator de apanhados a trabalhar connosco’, disseram-me, na altura”, lembra.
“Foi o meu verdadeiro e único mestre nesta arte. Aprendi com ele todos os pormenores, todas as malandrices. No terreno tanto era ministro como uma freira e apanhava-os sempre pela verdade com que se entregava, pelo olhar, pela voz, pela experiência”, acrescenta Nuno Graciano, que lamenta que Amadeu tenha sido esquecido.
“Tantos filhos da p*** lhe viraram costas, estava velho, diziam. E estava, ‘entradote’ e chato, mas para nós foi sempre jovem, fazia as coisas que mais ninguém fazia!” remata o apresentador.
Recorde aqui algumas imagens de “Minas e Armadilhas”.
TEXTO: Rui Pedro Pereira