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Goucha: “Peido” de Salvador Sobral é “alarve” mas não mancha a felicidade da noite

Salvador Sobral Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Salvador Sobral Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Salvador Sobral Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Salvador Sobral Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Agir Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Agir Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Sílvia Alberto, João Manzarra, Fátima Lopes Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Concerto solidário "Juntos por Todos" Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Marisa Liz Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Ana Moura Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Marisa Liz Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Ana Moura Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Aurea Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Aurea Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Camané e Carlos do Carmo Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Camané e Carlos do Carmo Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Camané e Carlos do Carmo Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
A fadista Carminho Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
D.A.M.A Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
David Fonseca Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
David Fonseca Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Diogo Piçarra Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Hélder Moutinho Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Gisela João Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Hélder Moutinho Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Gisela João Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
Diogo Piçarra Fotografia: Pedro Rocha/Global Imagens
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O apresentador da TVI recusa-se a “reduzir” uma noite de “compaixão” e “felicidade” a uma “frase menos feliz, deselegante, dita a despropósito”. E prefere não repetir a palavra “malcheirosa” e “alarve”.

“Não posso permitir que uma palavra dita desajeitada e levianamente macule o que senti perante quantos naquele recinto maior ou nas suas casas, fizeram o bem. Todos os que praticaram a compaixão só podem sentir felicidade”, escreveu Manuel Luís Goucha, no seu blogue “Cabaré do Goucha”, numa reação ao concerto solidário “Juntos por Todos”, que decorreu terça-feira no Meo Arena, em Lisboa.

Salvador Sobral foi o último a pisar o palco e durante a interpretação de “Amar pelos Dois”, que estava a ser entusiasticamente aplaudida e cantada em uníssono, o intérprete fez uma piada que acabou por ser duramente criticada nas redes sociais. “Sinto que posso fazer qualquer coisa que vocês aplaudem. Vou mandar um peido, para ver o que é que acontece”, disse o cantor, que em maio fez história ao conquistar para Portugal a vitória no Festival Eurovisão da Canção.

Manuel Luís Goucha, um dos apresentadores da noite (o espectáculo foi transmitido em direto e em simultâneo pelas três televisões generalistas e por várias rádios nacionais), elogia a atuação de Salvador. “Momento encantatório, pela memória recente que o seu talento evoca, pela sua voz sublime, pela beleza da melodia que lhe saía dos dedos”.

E, apesar de criticar a frase “menos feliz, deselegante, dita a despropósito” do cantor, Goucha prefere desvalorizar. “Afinal que importância tem uma palavra malcheirosa, que subjectivamente recuso a repetir por considerar alarve, depois do que vimos, ouvimos, sentimos em comunhão?”, questiona o apresentador de “Você na TV”.

“Qualquer um de nós será o que escolher ser e naquela noite, perante a grandeza do que fomos capazes, percebi que estou certo no caminho e nada, muito menos uma bufa, me fará desviar para o fétido beco da mesquinhez e da intolerância”, concluiu Goucha no seu blogue.

O concerto solidário, promovido em honra das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande, rendeu mais de 1,1 milhões de euros, fruto da contribuição financeira dos portugueses, através de chamadas telefónicas de valor acrescentado.

TEXTO: Nuno Azinheira