Jéssica Athayde: “Estagnei, não estava feliz e queria ser livre”

Jéssica Athayde
Fotografia: Instagram Jéssica Athayde

Depois da estreia de “Taskmaster”, no último fim de semana, na RTP1, a atriz faz o balanço do formato e conta a experiência de “freelancer”: “Disse ‘bora lá’, mas podia ter corrido mal”.

Jéssica Athayde regressou, no último sábado, ao pequeno ecrã no “Taskmaster”, o novo programa da RTP1 que reúne famosos e os desafia a fazer uma série de provas divertidas, que fazem lembrar os “Jogos sem Fronteiras”, nos anos 90.

Ao lado de Toy, Gilmário Vemba, Inês Aires Pereira ou de Fernando Mendes, a atriz entretém os telespetadores e mostra o seu lado mais pessoal. “Foi ótimo, uma lufada de ar fresco. Nunca tinha feito um projeto tão divertido, embora isto não seja uma competição, queríamos que todos se dessem bem no jogo”, começa por dizer, em entrevista à N-TV.

“Dei um sim imediato. Houve jogos que se tornaram frustrantes, porque pareciam fáceis mas, na prática, não era bem assim. Mas estive super disponível para arriscar tudo, não era competitiva e comecei a ficar aqui”, admite a atriz, entre risos.

Durante as provas, Jéssica Athayde absteve-se das câmaras. “Estava completamente na boa, descontraída, nada preocupada com o que ia parecer por estar lá uma câmara. Despi a camisola e queria divertir-me”.

Jéssica athayde

Depois de “Princípio, Meio e Fim”, série com Bruno Nogueira, e de um projeto interrompido no teatro, a atriz está de volta à televisão. Em 2018, recorde-se, terminou o contrato de exclusividade com a TVI, depois de rodar “A Herdeira”.

“O ano passado foi incrível, porque fiz também ‘O Clube’, da OPTO, e o ‘Pai Tirano’, que se vai estrear este ano. Foram meses muito preenchidos e tive oportunidade de fazer outras coisas e de trabalhar com outras pessoas”, refere.

Quanto ao registo mais cómico em “Taskmaster”: “Acho que foram buscar pessoas que não tivessem problemas em fazer as coisas e com facilidade de se rir delas próprias e admito que encaixo bem nesse perfil. Enquanto atriz também gosto muito de fazer comédia, foi assim, aliás, que comecei nos ‘Morangos com Açúcar’”.

Para trás ficaram, para já, as novelas. “Fiz durante muito tempo e gosto muito de as fazer. Decidi uma paragem depois de ‘A Herdeira’ e tive a sorte de fazer outros projetos, que era o que eu queria, desde séries a cinema. Não descarto fazer uma novela”, lembra Jéssica Athayde, que admite que correu “um risco”. “Não se sabe muito bem o que vai acontecer e foi um bocadinho essa decisão que optei tomar: ter confiança, ‘bora lá e podia ter corrido bem ou mal. O importante era ser livre e seguir o meu caminho e, acima de tudo, sentir que não estava a estagnar enquanto atriz, embora tenham sido anos espetaculares a trabalhar com a Plural – estive sempre ali desde os meus 18 anos e tenho 36. Estava a precisar de experimentar outras coisas, porque já estava a sentir uma certa estagnação. Não há mal nenhum em experimentar projetos diferentes; já não estava feliz e fui procurar a felicidade e crescer enquanto profissional. Se voltar à ficção da Plural volto melhor do que quando saí de lá”, garante.

Finalmente, a atriz explicou porque afirmou a frase que não dorme há dois anos. “Quem tem filhos não consegue dormir. Os pais dormem, as mães não. O Oliver está a deixar-me mais sossegada, mas continua a ser uma criança bastante ativa. E ainda bem, é porque é saudável e feliz e a verdade é que começo a habituar-me a dormir menos”, remata.