José Castelo Branco: “Jamais podia agredir a pessoa que mais amo”

Casamento de Castelo Branco e Betty marcado por polémicas
[Fotografia: Jorge Carmona / Global Imagens]

Após ser ouvido no Tribunal de Sintra, José Castelo Branco saiu em liberdade com pulseira eletrónica e impedido de se aproximar da mulher, Betty Grafstein. Acusado de violência doméstica, o “conde” continua a reclamar inocência, dizendo-se vítima de “uma verdadeira cabala”.

Horas após ter sido interrogado no Tribunal de Sintra, na quarta-feira, e ser libertado com medidas de coação, em entrevista à CNN Portugal José Castelo Branco manifestou-se estupefacto com as acusações de violência doméstica contra a mulher, de 95 anos.

Questionado sobre se “alguma vez agrediu a Betty”, continuou a negar: “Nunca, jamais podia agredir a pessoa que mais amo”. “Hoje [ontem] estive em tribunal, olhava e pensava: ‘como é possível estar a ouvir tudo isto, uma verdadeira cabala?’, acrescentou.

Para Castelo Branco “ainda não é altura de revelar” quem julga estar por trás da dita “cabala”, notando apenas que o seu filho, Guilherme, tem falado muitas vezes ao telefone com Betty, que continua internada no hospital CUF Cascais. Apontando “mentiras”, disse ainda que os relatórios médicos são “outra grande cabala”.

“Toda a gente me conhece e sabe que eu não minto. Há muita história à volta que eu não sei e não quero falar da CUF, mas a CUF tem uma grande preocupação, não me querem próximo por uma razão, porque desde o primeiro momento, em que comecei a discutir com o primeiro médico, em que ele olhou para a ferida da Betty no braço esquerdo – e parecia que tinha uma golpada, porque a pele é muito fina –, e eu disse: ‘esqueça o corte, a primeira coisa que a Betty precisa é de sódio, eu conheço o corpo dela melhor que o meu’. Não estou a pôr em causa, estou a pôr em causa sim a sabedoria de alguns dos médicos”, partilhou.

O antigo “marchand” notou que a mulher foi também ouvida “pelo juiz e pelos advogados”. “A única coisa que ela disse foi ‘empurrou-me e não quero falar mais, o meu filho não gosta de mim’ e começou a chorar copiosamente”, afirmou. “O meu medo e o meu horror neste momento é que ela está nas mãos de quem eu não conheço, está entregue a pessoas que não são da minha confiança, eles fizeram tudo para me afastar”, confessou.

José, de 61 anos, garantiu que não fugirá à justiça e só voltará para os Estados Unidos, onde tem residência, com a companheira, com quem está casado há 27 anos, e o denunciou por “comportamento abusivo”.

Suspeito do crime de violência doméstica contra Betty Grafstein, de 95 anos, saiu em liberdade do Tribunal de Sintra impedido de contactar e aproximar-se da mulher, vigiado por pulseira eletrónica e botão de pânico.

Após ser libertado, José Castelo Branco seguiu para casa de uma amiga no Estoril. No entanto, o seu advogado, Pedro Nogueira Simões, revelou que irá ficar em casa de familiares, em Benavente. “A medida aplicada foi a medida de afastamento geográfico a um quilómetro de distância (…). Estamos ainda a ponderar a possibilidade de recurso”, adiantou o causídico.