Um tem 75 anos. O outro 27. Um tem uma carreira cheia de sucessos, o outro está a começar agora. Mas há algo que os une. José Cid não tem dúvidas: “Ele é extraordinário e também um incompreendido, como eu”, considerou.
“O Salvador Sobral é um extraordinário intérprete. Gostei bastante do seu primeiro álbum, mas, tal como aconteceu comigo, é um incompreendido”, afirmou à N-TV o cantor e compositor.
O homem que deu voz a “A rosa que te dei”, “Cabana Junto à Praia” ou “A Minha Música” garantiu que segue “com muita atenção” a carreira do vencedor do Eurofestival da Canção, e recordou a “melodia” da música “Amar pelos Dois”, que ganhou o certame.
Cid acredita que Sobral “está surpreendido com tudo isto que lhe está a acontecer à volta”. “É tudo muito recente e é muita coisa ao mesmo tempo. Ele tem pouca pachorra para o sistema e para as meninas guinchonas que andam sempre atrás dos D.A.M.A e dos Diogos Piçarras da vida”.
Também ele, José Cid, com 62 anos de carreira (O grupo “Os Babies” foi criado em 1955), se diz um homem fora do sistema. “Sempre fui um desalinhado. Sou uma espécie de Salvador Sobral, mas com mais 50 anos”, concluiu ao nosso site.
TEXTO: Nuno Azinheira