José Condessa: “Reconheceram-me no Brasil por causa do ‘Rabo de Peixe’”

Lisboa 01/10/2023 - Globos de Ouro 2023 - José Condessa (Rita Chantre / Global Imagens)

Aos 26 anos, o ator atravessa uma das melhoras fases da carreira a nível profissional e acaba de regressar do outro lado do Atlântico. Ganhou um Globo de Ouro e explica porque agradeceu à ex-namorada, a atriz Bárbara Branco.

Depois de várias semanas no Brasil, a gravar a nova novela da TVI, “Cacau”, José Condessa está de regresso a Portugal. Nas redes sociais, o ator mostrou-se muitas vezes a aproveitar a praia e a piscina mas, conta à N-TV, não foi bem assim. “Quem vê o meu Instagram até parece que eu só curti no Brasil”, diz, com um sorriso. “Na verdade, foram muitas horas de trabalho, porque aquilo começa às cinco da manhã, que é quando o sol nasce, e só às seis da tarde, quando o sol se põe, é quem paramos. São muitas horas de trabalho, mas estou muito feliz”.

Não é a primeira vez que José Condessa trabalha do outro lado do Atlântico e a experiência anterior foi interrompida pela pandemia. “Desde que vivi no Brasil, e estive três anos ausente por causa da pandemia, tinha a esperança de regressar um dia… as pessoas, a energia e tudo isso foi muito mágico. Houve, inclusivamente, quem me reconhecesse do ‘Salve-se quem puder’ e do ‘Mar branco’, que é o ‘Rabo de peixe’ cá, e isso é muito bom, mesmo”.
“Já estava conquistado pela beleza natural do Brasil, é tão belo que é difícil dar errado! Além disso, as cenas são naturalmente boas, há uma grande inovação técnica e acho que vamos fazer uma coisa muito bonita e diferenciada do que temos visto até agora”, acrescenta.

Há poucos dias, José Condessa recebeu o Globo de Ouro para Melhor Ator pela série “O Crime do Padre Amaro”, mas conta que não estava à espera da vitória. “Não achava que ia ganhar, parece um cliché, mas é verdade. Primeiro, estava nomeado com pessoas que admiro muito e são extraordinárias. Depois, era uma questão de feeling”.

Sobre a ainda curta carreira, o ator puxa das memórias. “Começar com cinco anos ao lado do meu pai num teatro amador com 20 pessoas a ver, fazer aquilo só por amor – sem nada em troca, a não ser um sorriso dos espetadores – e ter a evolução que tive nestes anos todos deixa-me muito emocionado e feliz por este caminho”, refere José Condessa, que reserva palavras especiais para o encenador Carlos Avillez. “Tudo o que aprendi foi graças ao Carlos, foi ele que me deu as ferramentas para evoluir”.

Em seguida, esclarece: “Não faço a minha carreira por prémios, acho que não devem ser um culminar de ‘consegui, está feito’. É um momento de algo que já passou e se fiquei um ano à espera disto está tudo errado. O prémio é sobre a profissão e não sobre o ego de cada um., o que me pesa todos os dias é saber se as pessoas estão a gostar do meu trabalho”.

Finalmente, José Condessa explica porque mencionou, no discurso de agradecimento, à ex-namorada e atriz Bárbara Branco “É bom ficar essa parte bonita da história entre nós. O amor que temos uns pelos outros não morre, deixa só de existir, nós às vezes é que tentamos abafá-lo”, salienta.

“Existe uma admiração gigante, nós crescemos juntos em teatro, televisão e cinema durante cinco anos. Eu não esqueço disso. A Bárbara é uma pessoa muito importante da minha vida. Ficámos amigos, claro, felizmente”, conclui o ator..