Judite Sousa lançou esta segunda-feira um blogue, em nome próprio, “sobre as mais diversas temáticas da vida – o amor, a morte, a vida e a paixão” -, um projeto que resultou da necessidade da jornalista “de pensar no futuro a médio e a longo prazo”. Até porque, acredita, “a televisão não dura para sempre”.
Há um ano que estava a ser pensado e há dois meses que começou a ser concretizado. Judite Sousa divide-se, a partir desta segunda-feira, entre a televisão e a Internet, onde assina uma plataforma digital em que promete, através da escrita, “criar vínculos emocionais com os leitores”.
“É um projeto exclusivamente meu, que vai viver de conteúdos a nível da atualidade e da opinião, sobre as mais diversas temáticas da vida – o amor, a morte, a vida, a paixão -, sobre as diversas dimensões existenciais do ser humano”, começou por explicar a jornalista, de 57 anos, na apresentação do seu blogue, que decorreu, ao final desta tarde, numa unidade hoteleira de luxo de Lisboa.
No blogue a que a diretora-adjunta de Informação da TVI dá nome, “uma aventura comunicacional que acredita que tem de ser empreendida”, é somente através da escrita que Judite se vai expressar. Algo que não a assusta, garante. “Escrevo com muita facilidade. A escrita é uma forma de eu pôr cá para fora aquilo que me vai na alma, os meus sentimentos, as minhas emoções, o ser humano que sou, a mulher que sou. Porque antes de ser jornalista, sou mulher, sou mãe”.
“Vou escrever muito sobre o amor e os afetos.
E sobre a relação a dois.”
Judite Sousa
No exercício da sua profissão, lembrou ainda, a estrela da Informação da TVI viajou, ao longo dos últimos 30 anos, “por mais de três dezenas de países”, onde acompanhou “os principais acontecimentos” históricos das últimas décadas. Essas recordações estão também asseguradas na plataforma digital em que “há de tudo” – até cronistas convidados. “Fui testemunha profissional de grandes acontecimentos que marcaram a história do século XX e já deste século. Tenho muitas memórias e muitas histórias para partilhar com as pessoas”, afiança.
Judite Sousa explica também que a materialização deste projeto profissional se deveu ao facto de ter “perfeita noção de que a televisão não dura para sempre”. “É necessário procurar alternativas profissionais”, concretiza. “Foi uma necessidade que senti de pensar no futuro a médio e a longo prazo, porque ninguém se eterniza na televisão. É necessário termos os pés bem assentes na terra. Eu tenho muitos defeitos, mas tenho uma qualidade: sou muito lúcida. Sempre fui muito lúcida e sempre conduzi a minha carreira com muita lucidez.”
E continua: “Vai haver um momento de mudança, de renovação geracional e é importante que os jornalistas que estão no ecrã percebam que esse momento vai chegar, que o calendário anda e que tenham alternativas profissionais, de forma a que quando o ‘quadradinho’ acabar não fiquem tristes nem depressivos a tomar medicamentos porque saíram do ecrã.”
Quer isto dizer que a sua saída do grande plano está para breve? A pivô do “Jornal das 8” assegura que não. “Não, ainda não. Acho que ainda estou aqui muito jeitosa (risos). Não estou a pensar reformar-me. Digo isto no sentido de longo prazo. Aquilo que digo é que qualquer pessoa lúcida, sensata e inteligente tem de preparar o futuro. O futuro é amanhã”, acredita.
No evento de apresentação do blogue Judite Sousa estiveram, entre outros colegas e amigos da jornalista, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, o diretor de Informação da TVI, Sérgio Figueiredo, o jornalista Pedro Pinto e a apresentadora Cristina Ferreira. A estrela do entretenimento da estação de Queluz de Baixo acredita que o que Judite vai fazer nesta plataforma fará “de uma forma muito liberta, sem medos, sabendo que vai ser polémica, sim, mas que é a opinião dela”.
Veja as imagens do evento na galeria acima.
“Acho que a Judite vem aqui dizer: ‘Malta, ‘bora lá, sem medos, dizer o que pensamos, o que sentimos, qual é a nossa opinião…’, disse Cristina Ferreira à N-TV, referindo que Judite Sousa “precisa destes recomeços”. “A vida não foi fácil nos últimos tempos (para ela) e a escrita é muito libertadora. Espero que ela consiga, através da escrita, ser uma mulher cada vez mais feliz. Só lhe quero ver um sorriso no rosto. Mais nada”, concluiu.
TEXTO: Dúlio Silva
