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“Love You Mom”: Ana Leal dedica prémio da Unesco “às mães que viram os seus filhos roubados”

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Pelo segundo ano consecutivo, a jornalista Ana Leal foi distinguida pela UNESCO na categoria de televisão pelo conjunto de quatro reportagens sobre a retirada de crianças a mães portuguesas no Reino Unido.

“Que mais pode desejar um jornalista do que ver cumprida a sua missão?” É desta forma que a jornalista da TVI começa por reagir ao prémio “Direitos Humanos e Integração”, que recebeu pelo segundo ano consecutivo, com jo conjunto de reportagens “Love You Mom”, sobre as adoções forçadas no Reino Unido.

Em declarações à N-TV, Ana Leal mostrou-se feliz com a distinção e explica que o seu objetivo foi alcançado. “Depois da reportagem pusemos os deputados ingleses a debaterem esta questão e o governo português a dar pela primeira vez atenção a mães que perderam os seus filhos, que foram roubados pelos serviços sociais ingleses e que quebraram o silêncio depois de muitos anos com medo de falar. Esta reportagem deu voz a essas mães”, declarou.

Ana Leal foi premiada pelo conjunto dos quatro trabalhos, com imagem de Nuno Quá e edição de Miguel Freitas, cuja investigação começou a partir da denúncia de pais portugueses que viram os seus filhos serem-lhes retirados.

“Duas crianças foram entregues às mães na sequência da plataforma de advogados que se criou para ajudar estas mães a nível de apoio junto dos tribunais. Esta semana, outra das mães ligou-me a dizer que caíram todas as acusações que lhe tinham sido feitas e que tinham levado a que lhe tirassem a filha, a Taíra. O que significa que na próxima audiência é provável que lhe entreguem a filha. Também esta semana soube que está uma mãe no Consulado a receber apoio do Governo Português no sentido de ir para uma guerra em tribunal e lutar pela devolução do filho, o Lucas. São processos muito complexos mas, pela primeira vez, estas mães sentem que não estão sozinhas”, declarou.

“É um prémio, acima de tudo, das mães, que viram os seus filhos roubados, e que, durante anos, estiveram em silêncio, com medo de falar”, conclui.