Lucélia Santos: “Adoro trabalhar em Portugal”

Aos 62 anos, a eterna “Escrava Isaura” trocou o Brasil pelo nosso país para participar em “Na Corda Bamba”, a nova novela da TVI.

Estávamos em 1978 e a RTP estreava “Escrava Isaura”, uma das primeiras novelas a serem exibidas em Portugal, logo a seguir a “Gabriela”. Nesta trama da TV Globo, que relatava a história de uma escrava branca, que ficou órfã à nascença e foi criada pela sua senhora, Lucélia Santos, então com apenas 19 anos, dava os primeiros passos na ribalta e, desde então, nunca mais parou, com aparições em outros sucessos da emissora transmitidos no nosso País como “Ciranda de Pedra”, “Vereda Tropical” ou “Malhação”.

Foi capa da “Playboy”, embaixadora Cultural na China e “persona non grata” na Indonésia depois de ter realizado um documentário sobre Timor-Leste intitulado “Timor Lorosae – O Massacre Que o Mundo Não Viu”.

Lucélia Santos acabou por se afastar do pequeno ecrã e a última participação num programa no Brasil foi no “Dança dos Famosos”, em 2014. Agora, a atriz está de volta à ficção pela mão de Rui Vilhena, na nova novela da noite da TVI “Na Corda Bamba”.

Na trama, dá vida a Marília, uma mulher rica, mas com a filha com problemas de toxicodependência. Curiosamente, a atriz volta a fazer par romântico com Edwin Luisi que, há 46 anos, foi o seu parceiro amoroso em “Escrava Isaura”.

“‘Na Corda Bamba’ foi um presente da TVI e do Rui VIlhena que estou a adorar fazer. Além de me identificar muito com Portugal, país que amo, estou a trabalhar com muitos profissionais brasileiros que viajaram do meu país de propósito para fazer a trama”, começa por notar Lucélia Santos à N-TV, à margem da apresentação da novela, nos estúdios da produtora Plural.

“A Marília é uma mulher rica, habituada a essas pessoas que têm dinheiro suficiente para não precisarem, sequer, de pensar. Mas, apesar de ela ser milionária, ela é uma personagem muito simpática e agradável”, acrescenta a atriz.

A cumplicidade com o “marido” da trama já dura há quase 50 anos: “O Edwin Luisi é a minha cara-metade, o meu par de sempre. É superlegal reencontrá-lo, agora, em Portugal, creio que temos uma boa química”.

O balanço da estadia do nosso país tem sido o melhor: “Estou a adorar trabalhar em Portugal, o vinho e comida são maravilhosos e as pessoas incríveis”, diz a intérprete.

Papel icónico

Mais de 40 anos depois, como recorda um dos primeiros papéis? “A ‘Escrava Isaura’ foi uma personagem marcante na minha vida. Ainda era uma menina e aprendi muito na altura. Fico sempre muito orgulhosa por acharem que foi um dos meus papéis mais icónicos”, diz, à despedida.

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