Ao contrário do que ficou subentendido, a personagem de Maria João Bastos não morreu na primeira temporada. Atriz conta como “Rabo de Peixe” catapultou a ficção nacional.
A “Rose2 está de volta na segunda temporada de “A Espia”. Ao contrário do que possa ter ficado subentendido nos primeiros episódios, há quatro anos, a personagem de Maria João Bastos na série da RTP1 não perde a vida. “Logo na altura deixámos o final dela em aberto, já a pensar na possibilidade de existir uma segunda temporada, a ‘Rose’ tinha de voltar”, refere Maria João Bastos.
“Foi ótimo, estava muito ansiosa para começar a segunda temporada, adorei a série e a personagem. Lembro sempre com muito carinho no meu percurso e certamente iria escolher a ‘Rose’ para por numa ‘short list’”.
A série desenrola-se no Portugal dos anos 40, uma época na qual Maria João Bastos se sente confortável. “Gosto muito desta época, devo ter vivido nos anos 40 em algum momento da minha vida (risos) sinto-me confortável a vaguear por aqui. Depois acho a ‘Rose’ maravilhosa, ela tem uma energia de viver e uma mentalidade tão interessante e divertida, além da ironia que contagia toda a gente, que isso inspira-me imenso”.
“Por outro lado”, acrescenta, “é importante levar ao público um período da história que muita gente desconhece, o momento de Portugal na II Guerra Mundial”. “Fomos um palco de espionagem apesar da nossa neutralidade, tivemos um peso na História, ainda assim. Isso também me fascina, ser esse veículo de contar um pouco da História de Portugal”.
Quatro anos depois, “foi muito fácil reviver a ‘Rose’”. “Há personagens que têm um trabalho físico tão próprio que nunca as esqueço. Se precisasse de fazer agora a ‘Ann’ do ‘Equador’, fazia tranquilamente, ou a ‘Vera Lagoa’, são personagens que têm uma construção física e uma maneira de falar e andar completamente diferentes, muito marcantes. Basta-me ouvir a música da ‘Rose’ e começo logo a mexer-me como ela!”, garante.
Este ano vai ser “completamente cheio”. “Posso falar num dos projetos, que é a segunda temporada de ‘Rabo de Peixe’, estou muito entusiasmada, vai ser muito boa”, elogia. “Esta série foi espetacular para mim, mas sobretudo para a nossa indústria de ficção, para o nosso país: os passos que demos anos à frente, os degraus que se subiram, é uma porta a nível internacional da qual nos devemos orgulhar muito e foi um momento especial para o país, sentimos mesmo as pessoas felizes com o sucesso”, diz Maria João Bastos, à despedida.
