A atriz deu a primeira entrevista depois de a ABC a ter afastado da série que protagonizava e diz-se arrependida do “tweet” racista que motivou o seu despedimento.
Numa longa entrevista ao podcast do rabino Shmuley Boteach, de quem é amiga, Roseanne Barr abordou o “tweet” racista que dirigiu a Valerie Jarrett, ex-assessora de Barack Obama, e que levou ao seu afastamento da série “Roseanne”, que protagonizava na ABC.
Arrependida, a intérprete não conteve as lágrimas e diz ter “perdido tudo”. Ainda que alegue ter sido mal interpretada, Roseanne Barr diz-se pronta para lidar com as consequências.
“Nunca chamei macaco a nenhum negro de forma intencional (…) Eu disse a Deus, ‘Estou disposta a aceitar as consequências porque sei que estive mal’”, declarou, apesar de lamentar o facto de ninguém aceitar os seus pedidos de desculpas. “Eles não aceitam as minhas desculpas ou explicações. Tornei-me num íman de ódio. E enquanto judia, isto é horrível.
Mas peço desculpas a quem tenha pensado, se tenha sentido ofendido e que ache que eu quis dizer algo que, na verdade, não quis dizer. Foi ignorância minha e não há desculpa para essa ignorância”, afirmou.
A atriz, de 65 anos, protagonizava a série “Roseanne”, uma das comédias de maior sucesso nos Estados Unidos. Apesar do afastamento da sua figura principal, a ABC anunciou um “spin-off” de dez episódios, que vai contar com o restante elenco.
Recorde-se que no passado mês de maio, Roseanne Barr escreveu no Twitter que se a “a Irmandade Muçulmana e o ‘Planeta dos Macacos’ tivessem um filho”, esse filho seria Valerie Jarrett, ex-assessora de Barack Obama.
TEXTO: João Manuel Farinha