Quem são as ex-concorrentes de “talent shows” que vão levar Portugal à Eurovisão lusa?

Isaura Santos saltou para os holofotes em 2010, quando participou na quarta edição de “Operação Triunfo”, da RTP. Cláudia Pascoal foi ouvida pela primeira vez em TV no “Ídolos”, da SIC, tendo participado na mais recente edição de “The Voice Portugal”, do canal público. Duas mulheres fruto de “talent shows” que, juntas, vão defender Portugal na primeira Eurovisão realizada no nosso país.

Quando foi eliminada de “Operação Triunfo”, à quinta gala do concurso musical, Isaura interpretou “Ironic” de Alanis Morissette. Passaram-se oito anos. Isaura Santos tinha 21 e, desde então, não desistiu do sonho da música.

A morte da avó, conta, inspirou a compor “O Jardim”, interpretado este domingo à noite na final do Festival da Canção. O tema conquistou o painel de sete júris regionais e os espectadores, vencendo o certame.

Cláudia Pascoal deu-lhe a interpretação que Isaura procurou. A compositora ouviu a cantora pela primeira vez nas redes sociais, apesar de Cláudia, de 23 anos, ter brilhado na mais recente edição do “The Voice”. Neste programa, conquistou a mentora Aurea, acabado por ser eliminada já nas galas.

Recorde a sua prova cega:

Antes deste formato apresentado por Catarina Furtado e Vasco Palmeirim, Cláudia Pascoal passou pela apresentação do “Curto Circuito”, da SIC Radical, e em 2015 concorreu a “Ídolos”, da SIC. Na época, o jurado Paulo Furtado dizia-lhe que tinha tudo o que era necessário para vingar na música.

Recorde a sua passagem por “Ídolos”:

Nos últimos tempos, e de acordo com informações da RTP, Isaura está a trabalhar num novo álbum com o selo da Universal. Cláudia dá rosto a dois projetos de originais: um a solo e outro com uma banda.

Projetos que, até maio, vão ficar certamente em pausa. A dupla vai subir ao palco do Altice Arena para representar o nosso país na Eurovisão, a primeira a ser realizada em Portugal.

Veja, de seguida, a prestação das jovens na final do Festival, apresentada por Filomena Cautela e Pedro Fernandes:

“Queremos deixar os portugueses orgulhosos, e vamos dar luta”, disse Isaura depois do concurso. “Aquilo que o Salvador e a Luísa Sobral conquistaram para nós, no ano passado, é um feito histórico, não é fácil repetir. Mas acho que isso nos deu garra e vontade de trabalhar. Não quero falhar a ninguém que votou, que gosta da canção e que acredita que devemos ser nós a ir representar Portugal”, acrescentou.

“Quando eu ouvi a música da Isaura emocionei-me. Fala de saudade, uma saudade dolorosa mas reconfortante. Se calhar as pessoas sentiram o que eu senti, com a perda da minha avó, dos meus amigos que já partiram”, afirmou, por sua vez, a cantora.

TEXTO: Ana Filipe Silveira

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