Série “Vanda” estreou-se na OPTO: “Este caso motiva e apaixona a minha personagem”, diz Joana de Verona

Fotografia: Divulgação SP Televisão

Joana de Verona é uma das protagonistas da nova série de drama e ação da OPTO, “Vanda”, que se estreou nesta quinta-feira. Em entrevista à N-TV, a atriz faz um balanço da sua psicóloga forense.

“Vanda” estreou-se nesta quinta-feira na OPTO, a plataforma de “streaming” da SIC. Escrita por Patrícia Muller, é uma série de drama e ação, baseada na história verídica de Dulce Caroço, de Almada, uma cabeleireira que, sozinha, assaltou 12 dependências bancárias, onde entrava disfarçada e munida de uma arma de fogo de plástico.

Conhecida como a “Viúva Negra”, esta mulher foi detida e condenada a sete anos e meio de prisão.

A protagonista desta série de oito episódios é “Vanda Lopes” (Gabriela Barros), de 37 anos, que tem dois filhos fruto de um casamento feliz. Proprietária de um cabeleireiro, na Costa de Caparica, vive uma vida tranquila até ao dia em que apanha o marido, Mário, com outra mulher. Nessa altura, o mundo de Vanda desmorona-se, mas mais ainda quando descobre que Mário também a atraiçoou financeiramente e lhe roubou tudo. Vanda não tem um tostão e não aguenta mais a vida que leva. Desesperada, arranja uma arma de plástico e entra na sucursal de um banco.

A partir do momento em que faz o primeiro assalto, Vanda começa a ser investigada pela polícia. “Elisa Gonçalves” (Joana de Verona), psicóloga forense, surpreende-se com a forma de atuar da assaltante, que rompe com todos os padrões conhecidos deste tipo de crime… Vanda é mulher e atua sozinha, com uma arma e o mesmo disfarce preto. Por isso, chamam-lhe a “Viúva Negra”.

Joana de Verona é uma das protagonistas desta coprodução entre a SPi, a La Panda e a Legendary Pictures e que conta com o apoio da Câmara Municipal de Almada, do PIC Portugal e do ICA.

“Ela é alguém muito analítica, que tem um certo distanciamento social, que gosta de estar com a sua solidão, ambiciosa, ‘focadíssima’, ágil mentalmente, feminista, boa profissional e um pouco obcecada”, descreve a atriz à N-TV.

“A Elisa percebe os assaltos. A Vanda desafia o seu entendimento académico e profissional sobre mulheres criminosas. Este caso instiga a Elisa, motiva-a e apaixona-a”.

As duas personagens vão confrontar-se em várias ocasiões. “Há alguns confrontos, uma espécie de gato e rato, e muita energia mental ocupam a cabeça da Elisa nos seus imensos pensamentos e investigações sobre a Vanda. Os encontros delas são sempre interessantes, fortes e desafiantes para ambas”, acrescenta Joana de Verona.

A atriz mostra-se, finalmente, satisfeita com o crescimento do “streaming” em Portugal.Desejo que ele aconteça, de forma a empregar profissionais de várias áreas, e que se criem histórias e formas de as contar com muita qualidade. Espero que haja um crescente respeito e confiança no trabalho das equipas técnicas e artísticas nacionais. São muito bem vindas as coproduções e desejo que, apesar de todos estes fatores positivos com o streaming, não se perca público nas salas do cinema nacional”, conclui.