Tarantino defendeu Polanski, acusado de violar uma menor. “Ela estava pronta para a festa”

Quentin Tarantino. Fotografia: Robert Pratta/ Reuters

Uma entrevista que Quentin Tarantino deu há 15 anos volta a ser tema de discussão, por este ter defendido Roman Polanski perante as acusações de violação de menores.

“Ele teve sexo com uma menor. Isso não é violação. Para mim, quando utilizamos a palavra violação, estamos a falar de um ato violento… É um dos crimes mais violentos do mundo”, disse Tarantino, em entrevista a Howard Stern, corria o ano de 2003.

Em 1977, Polanski foi acusado de drogar e violar uma rapariga de 13 anos. O realizador francês acabou por declarar-se culpado mas fugiu para França antes da leitura da sentença.

Roman Polanski. Fotografia: Kacper Pempel/Reuters

Na conversa que ficou viral, Tarantino insistiu na inocência de Roman Polanski e adiantou ainda que a rapariga “estava pronta para a festa”. O realizador revelou ainda que os dois namoraram.

“Não podemos dizer a palavra violação como fazemos com a palavra racismo. Não se aplica em todas as situações em que as pessoas a utilizam. Ele é culpado por fazer sexo com uma menor”.

“Ela estava pronta para a festa e fez questão de o dizer. Agora que é adulta tem uma história completamente diferente”, explicou Quentin Tarantino, que acrescentou: “Claro que ela vai alterar a história para não ficar mal em frente à sua mãe.”

As palavras controversas do realizador norte-americano, de 54 anos, surgiram depois de uma entrevista de Uma Thurman ao jornal “The New York Times”, na qual a atriz fala sobre o acidente de carro que ocorreu durante as gravações do filme “Kill Bill” e as alegadas acusações de assédio sexual de Harvey Weinstein.

TEXTO: Tiago Firmino