Avós. A importância daqueles que “são pais duas vezes” e as memórias de infância de Carolina Deslandes

Em menina, Carolina Deslandes rumava todos os fins de semana até casa dos avós, no Alentejo. Lembra-se “da felicidade que sentia cada vez que via o portão abrir”. É essa felicidade que a leva, agora, a contrariar o cansaço e a preguiça para proporcionar aos filhos a mesma vivência.

“Desde pequenina que ia para casa dos meus avós no Alentejo, todas as sextas feiras. Lembro-me de chegar e sentir cheiro a esteva e a relva cortada. Lembro-me da felicidade que sentia cada vez que via o portão abrir, cada vez que comia pão alentejano, cada vez que me deitava na relva a olhar o céu mais estrelado que já vi na vida”. Começa assim um texto de recordações que Carolina Deslandes escreveu no Instagram.

A cantora lembra que andou “de jardineiras rasgadas e trancinhas no cabelo”, que lhe foi permitido “trepar as árvores mais altas”, “comer os frutos que apanhava” e “saltar em poças de lama”.

“Cresci rodeada de amor, protegida, com a sensação de que nada nem ninguém me podia fazer mal enquanto estivesse perto deles [dos avós]”
Carolina Deslandes

São essas vivências, próximas da natureza e dos avós, que quer transmitir aos seus filhos, Santiago, de ano e meio, e Benjamim, com nove meses, frutos da sua relação com o músico Diogo Clemente. E é por isso que os leva “todos os fins de semana” para a quinta dos sogros, “onde eles correm no pomar, andam de baloiço, comem a comida feita pela avó”.

“Os avós que são pais duas vezes (…). Às vezes custa, o cansaço é muito, e dá uma preguiça de pegar nas coisas e arrancar. Mas bastou-me chegar e ver isto. Está tudo certo. Eles têm as costas quentes. E nós também”, termina.

TEXTO: Ana Filipe Silveira

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