Cinha Jardim: “Não me arrependo do Big Brother”

Cinha Jardim

Comentadora continua ligada ao mundo cor-de-rosa porque tem “respeito pelos famosos”. Mas não esquece os tempos dos “paparazzi”.

Cinha Jardim voltou a ser notícia por estes dias, não pelos comentários de “social” e do “cor-de-rosa” que faz na TVI, mas porque voltou a ser avó, desta vez de Gracinha, filha de Isaurinha. A “socialite”, que já tem dois netos, Francisco e Raul e vai ter um terceiro, Tomás (Pimpinha está na reta final da gravidez), anda nas nuvens com a sua “primeira princesa”. “É a menina mais querida do Mundo, tem dois meses e ocupa 60% do meu tempo. Os outros dois netos são um amor, mas queria muito uma neta”, admite Cinha Jardim, em entrevista à N-TV.

Aos 63 anos, a “socialite” revela o segredo da boa forma: “Estou muito bem da cabeça e isso reflete-se no corpo. Ando descansada, resolvida e não tenho marido para me dar cabo da cabeça [risos]”. Mas não nega as ajudas da Medicina. “Sigo o tratamento do José Maria Tallon, porque ganhei quatro quilos no Natal e na minha idade não é tão fácil assim perder peso. De pele estou a ser tratada pelo médico Biscaia Fraga”.

Os beliscões fazem parte

Há mais de 20 anos no meio, quer como protagonista do chamado “cor- de-rosa”, quer a comentar este “Mundo”, Cinha explica porque é a resistente mais antiga. “Ainda ando por cá pela minha maneira de estar e devido ao respeito com que trato os outros. De vez em quando dão-me uns beliscões, mas faz parte da caminhada do ‘social’”. Hoje, o “social”, ou o “cor-de-rosa”, estão muito diferentes de há 20 anos. Motivo: as redes sociais. Cada famoso faz a sua própria notícia no Instagram e publica uma foto cuidada. “Os famosos ganham muito com as redes sociais. Nós antigamente não ganhávamos nada. No meu tempo havia mais graça: éramos apanhados pelos paparazzi ou as pessoas escolhiam-nos porque éramos exemplos”, diz, acrescentado: “Hoje, as pessoas viraram-se para as redes sociais. Controlam o que se publica e dão as suas próprias notícias. As minhas filhas, por exemplo, têm trabalho no Instagram, porque as marcas apostam nelas. Já não têm de fazer produções para as revistas, como nós, no meu tempo, gostávamos de fazer”.

E o “cor-de-rosa”, continua “rosa” ou já é “rosa… pálido”? “O ‘cor-de-rosa’ está a voltar porque os famosos estão a mostrar novamente a família, os bebés e há menos tragédia. Houve uma altura, entre 2001 e 2015, que era sempre a cascar, era para o sangue. As pessoas fartaram-se”.

Com o “BB 2020” à porta na TVI, Cinha fala da sua experiência no “Big Brother”, há 17 anos. “Não me arrependo de ter aberto essa janela. Houve uma nova classe de jornalistas que só sobreviviam quando procuravam falhas humanas que toda a gente pode ter e isso vendia”, recorda. “No ‘Big Brother’ pesquisaram-me contas e namorados, mas não encontraram nada. Eu sabia o jogo, tinha-me separado do meu marido e as minhas duas filhas estavam comigo. Entrei na casa porque foi uma grande insistência do José Eduardo Moniz e confesso que tinha, também, curiosidade por estes reality shows”.

Na televisão, Cinha Jardim sabe do que gosta de falar. “Adoro falar nas monarquias e nos problemas deles por aí num mundo ‘cor-de-rosa’. Adoro comentar bebés e a família do Cristiano Ronaldo, porque sou apaixonada pelo trabalho dele. Parece mais ‘humano’ nos últimos dois anos, quando começou a mostrar toda a família”.