Robert Kirkman, criador da aclamada série televisiva “The Walking Dead”, voltou a processar a estação AMC, mas desta vez não está sozinho. Kirkman e mais três produtores executivos acusam o canal de esconder parte dos lucros da série para não ter de os partilhar com os produtores, conforme está previsto no contrato.
A AMC está a ser acusada de violação de contrato e de ações comerciais desleais e fraudulentas, de acordo com as leis do estado da Califórnia. Robert Kirkman, Gale Ann Hurd, Glenn Mazzara e David Alpert reivindicam o pagamento uma percentagem dos lucros da série, do spinoff “Fear The Walking Dead” e do programa “The Talking Dead”, que junta fãs da série e membros do elenco e produção para discutir e analisar os episódios da trama.
Em comunicado, a AMC acusa os queixosos de oportunismo: “Estes processos são muito comuns no entretenimento e têm uma coisa em comum – perseguem o sucesso. Virtualmente, todos os estúdios que tiveram uma série bem-sucedida foram alvo de processos litigiosos como este, e “The Walking Dead” tem sido a série de televisão número um nos últimos cinco anos seguidos, por isso, não é uma surpresa,” pode ler-se.
A estação acrescenta que tem um “enorme respeito” pelos produtores e que pretende continuar a trabalhar com eles, ainda que se vá defender deste processo “sem bases e previsivelmente oportunista”.
Este não é o primeiro litígio entre os produtores e a AMC. Num outro processo, Frank Darabont, cocriador da saga, também acusa a estação de fraude na divisão dos lucros da série e reclama uma indemnização de cerca de 240 milhões, depois de ter sido despedido da função de produtor executivo, durante a segunda temporada.
Considerada uma das melhores e mais lucrativas séries dos últimos anos, “The Walking Dead” estreou-se em 2010 e a oitava temporada chega a Portugal a 23 de outubro, um dia depois da estreia nos Estados Unidos.
