Numa audiência de mais de duas horas à porta fechada, Cristina Ferreira “colaborou” esta terça-feira de manhã, 8 de novembro, com a justiça. Juíza explica que caso prossegue por “falta de acordo” e revela razão pela qual julgamento não é público
“Cristina Ferreira colaborou em tudo”” A frase é da juíza Maria Teresa Mascarenhas, que lidera o julgamento do pedido de indemnização da SIC a Cristina Ferreira por quebra de contrato, em 2020, e que ouviu esta manhã a apresentadora e diretora de Ficção e Entretenimento da TVI.
Cristina Ferreira esteve em audiência no tribunal de Sintra quase três horas, saiu por uma porta lateral e, por isso, não falou aos jornalistas, tal como tinha acontecido à entrada, pelas 9.00 horas da manhã. No fim, foi a magistrada que explicou que o caso segue em tribunal por “não ter havido acordo entre as partes”.
Sobre o motivo que levou à decisão de o julgamento ser a porta fechada, Maria Teresa Mascarenhas argumentou que, “apesar de se tratar de uma figura pública, é um caso que envolve termos de confidencialidade de contratos, que são exatamente isso, confidenciais”, afirmou ao fim desta manhã de terça-feira.
Durante a tarde foi ouvido Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa. “Confio que seja feita justiça”, limitou-se a dizer aos jornalistas.
No processo interposto pela Impresa, detentora da SIC, à apresentadora, diretora de ficção e entretenimento da TVI e administradora executiva da Media Capital está o pedido de indemnização de 12,3 milhões – inicialmente 20 milhões – exigidos pela estação de Paço d’Arcos ao agora rosto da TVI por ter denunciado o contrato 29 meses antes do término.
Por sua vez, Cristina Ferreira está disposta a pagar 2,3 milhões de euros e que são resultado dos meses de trabalho que não exerceu por ter incumprido o resto do contrato.
Recorde-se que a 17 de julho de 2020, era conhecido, com estrondo, e confirmado que Cristina Ferreira saía da SIC para se mudar para a TVI, regressando ao canal de onde tinha saído em 2018. Agora, o caso vai travar-se em tribunal, depois de já ter sido marcado para 21 de junho deste ano e adiado.