A confissão de Clara de Sousa. “Já tive uma ou outra situação de assédio muito engraçada”

Clara de Sousa abordou o tema que mais se debate, neste momento, na meca do entretenimento em Hollywood. A jornalista admitiu que já sofreu de “uma ou outra situação de assédio muito engraçada”, “nenhuma” das quais, ressalva, “grave”.

Aos poucos, a discussão acerca do assédio sexual chega a Portugal. Depois de várias figuras públicas do nosso panorama artístico terem dissertado sobre esta questão, como Catarina Furtado, que se diz ter sido vítima deste crime, Clara de Sousa fala, sem tabus, desta matéria.

“Vivo há quase trinta anos em televisão, que é uma área em que, na cabeça das pessoas, as mulheres são muito assediadas. Já tive uma ou outra situação de assédio muito engraçada. Nenhuma situação grave”, revela a profissional da SIC, numa entrevista concedida a Manuela Moura Guedes para a revista “Cristina”.

Manuela Moura Guedes e Clara de Sousa. Fotografia: Instagram

A jornalista de 50 anos salvaguarda-se, dizendo que os episódios em questão se trataram de “assédio no bom sentido, de brincadeira e de sedução” e que “nunca na vida” foi alvo de “assédio verdadeiro”, “aquele em que a pessoa se vê pressionada a ir por esse caminho, ou a ficar em maus lençóis no trabalho ou em qualquer outra circunstância”.

Sobre em que lado desta discussão se posiciona, a pivô dos noticiários da SIC inclina-se “mais para o lado das francesas”, referindo-se à carta aberta que cem personalidades femininas desse país, entre elas a atriz Catherine Deneuve, assinaram insurgindo-se contra alguns movimentos feministas e defendendo o papel do homem.

“As francesas não têm uma posição quase que libertina em relação a isto, é mais libertária no sentido de perguntar o que é o verdadeiro assédio. É o assédio que não permite a um homem dizer: ‘Hoje, estás linda. Esse cabelo…’. Muitas vezes, é uma situação de brincadeira”, explica, para a seguir contrastar com o movimento que mais se evoca nos Estados Unidos: “A questão do Me Too é que houve muitas circunstâncias em que se percebeu que havia exagero. O que sinto é que o movimento Me Too começou relativamente bem, mas que, pelo caminho, tem vindo a descredibilizar-se.”

“Me Too” ou “Time’s Up”.
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que “acordaram” Hollywood

TEXTO: Dúlio Silva

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