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Adeus 2017: Dez momentos altos da televisão portuguesa que não vamos esquecer

MARCELO SUPERSTAR VOLTA À TVI A 20 de fevereiro de 2017, dia de aniversário da TVI, Marcelo Rebelo de Sousa voltou à estação onde fez comentário político durante anos, até ser eleito Presidente da República. Foi uma grande operação televisiva, ainda que criticada por muitos. Era dia de festa em Queluz de Baixo e a noite em que o "Jornal das 8" estreava um novo estúdio. Marcelo, agora Presidente, juntou-se à festa, ao lado de José Alberto Carvalho, Judite Sousa e Pedro Pinto, e sujeitou-se às opiniões críticas dos homens e mulheres que na TVI se dedicam agora ao comentário político. Ação de charme clara, mas um grande momento televisivo.
"APANHA SE PUDERES" CHEGOU, VIU E VENCEU Foi a 13 de março que Cristina Ferreira e Pedro Teixeira abriram as portas do concurso "Apanha se Puderes", exibido de segunda a sexta-feira, ao fim do dia, antes do "Jornal das 8". Nada de novo na mecânica do concurso: uma pirâmide de perguntas e uma montra de prémios. A novidade é que, desde que arrancou, "O Preço Certo", apresentado por Fernando Mendes na RTP1, deixou de ser o líder do segmento horário.
UM INESQUECÍVEL AMAR... POR TODOS Foi um sábado televisivamente inesquecível. O Papa em Fátima, o Benfica no Marquês de Pombal e Salvador Sobral em Kiev. O impensável, o sempre desejado mas nunca concretizado, aconteceu. Portugal inscreveu o seu nome na lista de vencedores do Festival Eurovisão da Canção. A música, composta por Luísa Sobral, foi cantada pela voz doce e melodiosa do irmão Salvador. Acompanhámos tudo ao segundo na RTP e a emoção, ao mesmo tempo que a surpresa, foi tomando conta de um país, de repente reconciliado com o festival. "Amar pelos Dois" é o melhor de 2017. E fará de 2018 um ano de estreia de Portugal na organização do certame internacional.
PAPA FRANCISCO EM FÁTIMA A visita do Papa Francisco a Portugal, para a canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, a 13 de Maio, mereceu, como não poderia deixar de ser, ampla cobertura dos três principais canais portugueses. RTP, SIC e TVI passaram horas em direto, numa completa operação que envolveu os melhores profissionais de cada canal. Um grande acontecimento televisivo, mesmo para os não católicos. Fotografia: Filipe Amorim / Global Imagens
O PESADELO DE LJUBOMIR Bem se pode dizer que "Pesadelo na Cozinha" foi o programa-sensação do ano que agora se despede. A adaptação portuguesa do conhecido formato internacional teve em Ljubomir Stanisic o seu grande trunfo. Rude e agressivo e, ao mesmo tempo, doce e solidário, o chef do 100 Maneiras foi o trunfo improvável do baralho da TVI em 2017. O programa mostrou como funcionam muitos restaurantes portugueses, levou ao encerramento de um, foi líder de audiências. É quase certo que voltará em 2018. Assim o desejamos, pelo menos...
JUNTOS POR TODOS Foi uma noite única. Triste, mas feliz. De gente feliz com lágrimas. Triste pelo motivo: os incêndios que, semanas antes, tinham provocado 64 mortos e mais de 200 feridos, naquela que é considerada uma das maiores tragédias de sempre no nosso país. Com o verbo "Reconstruir" como pano de fundo, os portugueses juntaram-se num concerto solidário que esgotou o Meo Arena e transmitido em direto pelas três televisões unidas pela mesma causa. A ajuda dos portugueses teve uma consequência: mais de 1.153 milhões de euros angariados para as vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande.
BENTO RODRIGUES FORA DO ESTÚDIO Em ano de aniversário redondo da SIC, ficaram para a posteridade as aberturas do "Primeiro Jornal", sempre que a emissão era feita fora de Carnaxide. Que Bento Rodrigues é um extraordinário pivô já se sabia: 2017 apenas confirmou a sua qualidade, versatilidade e dinâmica. A entrada do jornal em Aveiro, a bordo de um moliceiro em plena ria, é um momento que não esqueceremos no ano que agora chega ao fim.
"EM OUTUBRO DESPERTEI" - 25 ANOS SIC A foto de família, tirada na redação, apresenta clássicos de sempre, tem novas caras, esconde rostos de outros tempos, mas não apaga as memórias da primeira televisão privada portuguesa. A 6 de Outubro de 1992 nascia a SIC e, com ela, uma nova forma de fazer televisão. Os tempos são outros. A viver uma encruzilhada, sem o dinheiro e os sorrisos de outros tempos, a SIC tenta reorganizar-se. Mas o espírito continua lá. Como se viu nas festas que marcaram o aniversário. As oficiais e as... não oficiais.
'ALTA DEFINIÇÃO - 400 PROGRAMAS' A entrevista a Jorge Jesus a Daniel Oliveira, emitida na SIC a 18 de novembro, foi um marco na história do programa. O magazine de fim-de-semana da estação, com entrevistas intimistas, chegou às 400 emissões, uma marca pouco habitual neste tipo de formatos. Ao longo dos últimos anos, foram muitos os entrevistados, de todos os quadrantes da sociedade civil, muitas as revelações e, já agora... muitas as lágrimas.
JORNALISMO DE QUALIDADE E INVESTIGAÇÃO É fácil e comum apontar o dedo à alegada má qualidade da televisão portuguesa. Mas se há área onde a televisão cumpre bem o seu papel é na Informação. Não tanto quando (se) gostaria, seguramente, mas os tempos são outros e as grandes investigações jornalísticas custam tempo e dinheiro. Mas ao longo do ano, viram-se na RTP, na SIC e na TVI excelentes exemplos de jornalismo. Os mais recentes, e mais marcantes do ponto de vista de impacto social, aconteceram numa semana "louca" da TVI, com a investigação das irregularidades na associação Raríssimas, da autoria de Ana Leal, e a reportagem especial sobre as adoções ilegais na IURD, assinada por Alexandra Borges e Judite França. Quando o jornalismo foi preciso, estava lá.

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Informação, entretenimento, efemérides, acontecimentos. Emoções. É esse o papel da televisão e foi o que ela nos deu ao longo de 2017. Passámos em revista o ano e escolhemos dez momentos que não vamos esquecer.

As listas, as célebres listas. Tão subjetivas, claro, mas sempre tão desejadas. No balanço do ano que agora chega ao fim, selecionámos dez momentos altos da televisão portuguesa. Não tem a ver com a sua qualidade – embora em alguns casos seja a ela que nos referimos -, mas pelo que eles representam no negócio do audiovisual.

Percorra a fotogaleria e conheça os momentos e respetivas justificações.

Estas são as nossas escolhas. O leitor terá as suas e, em alguns casos, não concordará com as nossas. A subjetividade tem destas coisas. E tem assinatura também.

OPINIÃO: Nuno Azinheira