O cantor Carlos Costa comentou as críticas de Salvador Sobral ao tema com que Israel luta pela vitória do Festival Eurovisão da Canção deste ano, cuja final se realiza este sábado. O artista acaba mesmo por dizer que o primeiro português vencedor do certame não pode “pensar que pode mudar aquilo que os outros ouvem”.
Em entrevista ao jornal “Público”, o intérprete de “Amar Pelos Dois” foi claro nas considerações que fez a “Toy”, canção israelita que se mantém, desde o início do espetáculo de música, nos lugares cimeiros das casas de apostas “online”.
“Apenas conheço a canção portuguesa e a de Israel, porque o YouTube me obrigou a vê-la. Coisas da tecnologia”, começa por ironizar o cantor português, que julga a canção interpretada por Netta “uma música horrível”.
“Eu pensei: YouTube, muito obrigado, mas não é por aqui. Felizmente, este ano, não tenho de ouvir nada. Não creio que tenha mudado alguma coisa. No ano passado, as pessoas diziam: ‘Agora que ganhaste, isto vai mudar!’ Não creio. Talvez no futuro”, acrescentou.
Ora, Carlos Costa, cantor que se deu a conhecer ao grande público português no concurso “Ídolos” (SIC) e que participou no Festival RTP da Canção em 2012, com o tema “Queres que eu dance”, usou a sua página de Facebook como veículo para criticar a postura do irmão de Luísa Sobral.
“Alguém que é músico e ama a música tem de saber respeitar os gostos musicais alheios. Uma coisa é o Salvador não gostar – isso é legítimo… -, outra coisa é pensar que pode mudar aquilo que os outros ouvem”, escreveu o ex-concorrente de “reality shows” como “A Quinta” (TVI).
