“Codex 632”: “Best seller” de José Rodrigues dos Santos estreia-se hoje na RTP1

Fotografia: Divulgação

Um dos livros mais vendidos do jornalista chega hoje ao ecrã em formato de série. Paulo Pires, o protagonista, revela como teve de mudar fisicamente para interpretar “Tomás de Noronha”.

Depois de mais de um ano de espera chega esta noite ao ecrã da RTP1 a série “Codex 632”, baseada no “best seller” do jornalista José Rodrigues dos Santos. Paulo Pires é o protagonista das aventuras de um homem que não escolheu ser herói: “Tomás de Noronha” é professor de História e especialista em criptologia. É contratado por uma fundação ítalo-americana para descodificar a investigação do seu mentor, que morreu no Rio de Janeiro em circunstâncias pouco claras e aceita o trabalho, sem saber que a investigação pode mudar a perceção que temos do nosso passado, ameaçando poderes instituídos e interesses económicos instalados. E quanto mais perto estiver da verdade, mais perigo irá correr.

Foi desafiante, porque era preciso criar um professor de História credível e uma das grandes dificuldades era tirar-lhe alguma destreza física e foi nesse caminho que fomos”, conta Paulo Pires à N-TV. “O Paulo vai ao ginásio com regularidade, faz desporto, mas este ‘Tomás de Noronha’ é outro homem. Parei de fazer desporto, de ir ao ginásio e tentei ter uma postura física mais prostrada de um homem menos apto fisicamente”, acrescenta o ator, para dar um exemplo: “Nas cenas em que corresse fazia-o um bocadinho pior do que o Paulo e nas que lutasse também”.

Estou contente e curioso com a estreia, ainda não vi nada completo, apenas pedaços e gostei muito. Este é um dos livros do José Rodrigues dos Santos, o ‘Tomás de Noronha’ é a figura central de várias obras dele e a história que se decidiu contar é dinâmica, tem aventura e é um professor de história transformado em quase herói”, remata Paulo Pires, que vai ter ao seu lado Ana Sofia Martins. “É a primeira vez que estou a trabalhar com a RTP e estou super-contente e acho que essa decisão, (n.r: de não ter contrato de exclusividade com nenhum canal), ajudou-me imenso”.

Sobre a personagem em “Codex 632”: “A ‘Vitória’ é muito misteriosa e tem adrenalina. A base desta história é o amor, a amizade e compreensão. Aborda temas muito atuais e acho que as pessoas vão sentir isso”.

Quanto aos pontos semelhantes com o papel? “Ela é uma defensora de causas, eu também, somos obstinadas as duas, mas eu quando as coisas começam a roçar a ilegalidade eu paro… e ela não”, remata.

“Queria o Paulo Pires”

José Rodrigues dos Santos, o autor do livro que inspirou a série, mostra-se satisfeito com a escolha do protagonista. “Há muitos anos, quando livro saiu, perguntaram-me quem faria o papel em televisão. Disse que se fosse internacional, seria o Tom Hanks, mas, em Portugal, optava pelo Paulo Pires e aconteceu mesmo”, diz o jornalista, que justifica: “A personagem tem olhos claros, cabelo escuro, são atores que estão na linha da personagem como ela está escrita no romance”.

Finalmente, José Rodrigues dos Santos rejeita comparações entre a televisão e o livro. “A televisão e o cinema são linguagens totalmente diferentes da literária. No romance conseguimos projetar mais a nossa imaginação e isso é uma das razões pelas quais muita gente gosta mais do romance. Acompanhei a elaboração do guião, dei as minhas dicas, mas não andei eu a escreve o guião”, termina.