Cristina, a cronista de TV. Como o domingo à noite a obrigou a “andar de um lado para o outro”

Enquanto não regressa ao pequeno ecrã, agora na antena da SIC, Cristina Ferreira atenta-se ao que (de melhor) se faz em televisão. Este domingo à noite, Portugal teve “a televisão de que gosto”, refletiu a apresentadora no site a que dá nome.

Num texto intitulado “Coração”, Cristina começa por vincar o seu gosto pela caixinha mágica. E porque não pode deixar de se manifestar, dissertou sobre as apostas que os três principais canais generalistas oferecem ao público no horário nobre de domingo.

“Porque só quando se chega aos outros ela [a televisão] acontece. Há dias em que só vemos imagens. Há outros em que a televisão serve o propósito. O de contar histórias”, refere, sublinhando que “há muito que o domingo à noite não” a “obrigava a ‘andar de um lado para o outro’”. Porquê? “Porque nos três canais se faz televisão.”

A análise começa, enfim, pelo formato “Terra Nossa”, do canal de que é agora estrela, após 16 anos na TVI. “O César Mourão é genial. De uma ideia tão simples consegue-se um programa que reúne, que é inesperado.”

Segue-se um comentário a “Pesadelo na Cozinha”, a aposta dos domingos à noite da TVI, apesar de, excecionalmente, este ter sido ocupado com a estreia da nova novela da estação, “Valor da Vida”. “[O programa] assenta na personalidade do chef [Ljubomir Stanisic] e, assim, funciona. Prende. Tem gente e estórias”, salienta.

Por último, mas não menos importante, o “The Voice Portugal”, da RTP1, que para Cristina Ferreira teve, neste domingo, “um dos seus melhores programas”. “Numa edição brilhante, contaram, surpreenderam, agarraram, fizeram chorar, mostraram talento, e tiveram uma Marisa Liz. Eu adoro todos os jurados, mas a Marisa agarra no que eu agarrava, surpreende nas palavras, emociona, acrescenta”, reconhece.

E rematou citando a mãe de uma das concorrentes que pôde ser escutada na emissão deste domingo do programa apresentado por Catarina Furtado e Vasco Palmeirim: “A Dona Jacinta foi o toque final. ‘Quando Deus quer, ninguém atrapalha’. Como uma frase tão pequena fez tanta diferença. Fez-se televisão.”

TEXTO: Dúlio Silva

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