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Cristina estreia programa nas tardes da TVI: “Queremos aproximar-nos do conceito de novela”

Fotgorafia: Divulgação/TVI

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Cristina Ferreira estreou, na segunda-feira, o novo programa das tardes da TVI “Cristina ComVida”. A apresentadora emocionou-se no primeiro programa e faz agora o balanço dos primeiros seis meses de gestão do canal.

Valeu a pena esperar quase oito anos para ter esta casa, depois de ter desenhado o projeto com o realizador João Patrício?

Cristina Ferreira: Eu e o João só reparámos que tinha passado tanto tempo no domingo. Mais de sete anos depois de nós, os “idiotas”, termos pensado nisto, o tempo passou a voar. Aconteceu tanta coisa nestes sete anos, mas quando a vimos casa materializada era o que tínhamos imaginado. Na altura não pensámos logo no Eduardo Madeira, mas esperámos o tempo suficiente para o termos ao nosso lado a fazer várias personagens humorísticas.

Usou um terço durante a primeira emissão e convidou dois padres. Porquê este cunho religioso?

CF: Acredito na vida, acima de tudo. O que dás ela devolve, tem sido o meu lema. Encontrámos estes dois padres, o Antonino e o Pedro, e achámos graça que esta casa não tivesse um, mas dois, e têm ar de tudo, menos de padres. Para o público que nós temos a esta hora é preciso acreditar em alguma coisa e sossegar os corações. Queremos que as pessoas se sintam leves neste horário e Deus acabou por entrar nesta casa através deles.

Emocionou-se logo na estreia. Qual foi o “gatilho” para as lágrimas?

CF: Para já não estava à espera, normalmente consigo adivinhar as surpresas, mas a equipa resolveu dar este miminho. A propósito, quanto é que custou o avião? (risos). Acho que foi o inesperado que me fez soltar as lágrimas, ainda para mais foi numa fase inicial, estávamos mesmo a arrancar o programa. Senti o que os concorrentes sentem quando estão fechados numa casa: de repente há alguém que está a dizer ‘bora lá, força, estamos juntos’. Todos eles me disseram ao ouvido que o sonho era conjunto. Até o Eduardo Madeira se emocionou, que eu vi!

O horário das 19.00 é complicado, as pessoas estão a chegar a casa e não necessariamente em frente ao televisor…

CF: É um horário muito difícil, as pessoas não têm tempo para estar sentadas, nós vamos ser um bocadinho rádio para quem está a fazer o jantar, a dar banho aos filhos, mas queremos que os telespetadores se divirtam connosco e que ao chegar dos trabalhos queiram ver o que os malucos estão a fazer. Este é um bom produto de televisão e se as pessoas acharam que foi curto e é isso que queremos passar.

É o projeto com o seu maior cunho pessoal?

CF: Acho que introduzi um cunho nos projetos nos quais me incluí, não é maior que o ‘Dança com as Estrelas’ ou o meu projeto na SIC. A televisão é o sonho em si. Orgulho-me de fazer aquilo que acho que é boa televisão. No ‘Programa da Cristina’, da SIC, já havia laivos do que é isto e tínhamos guardado numa gaveta, mas agora concretizamos com o que desejámos, as personagens, a rua… e o número 12 [que é o número do tão esperado vizinho da porta ao lado da sua]

Usou vestido de gala, mas tirou os sapatos no fim. Vai ser mais séria ou descontraída?

CF: Na segunda-feira apareci de senhorita, mas vou usar roupa mais descontraída. A não ser que aconteçam coisas que impliquem roupa melhor. Mas gosto de pé no chão, foi assim numa gala de “A Tua Cara não me é Estranha” – dá-me leveza e descontração para deixar de ser a Cristina da televisão, para ser a Cristina lá de casa. Não fosse a movimentação das câmaras ser tão em cima de nós e as pessoas iam esquecer-se que isto é um programa de televisão… isto é mesmo uma casa!

Ao fim de seis meses já tem a grelha que imaginou na TVI?

A grelha da TVI não está idealizada porque precisava do orçamento da SIC e da RTP para fazer aquilo que queria. Estamos a falar de uma empresa privada que tem de cumprir um orçamento. A liderança é o objetivo de qualquer estação que queira ser rentável e nós, enquanto nova administração, queremos é organizar a casa e isso nem sempre nos permite ter a grelha que idealizámos. Há zonas com programas que não são estreias, há outras nas quais gostaríamos de ter outra programação, mas é a grelha ideal para irmos sonhando com os objetivos que temos para cumprir.

Quais são as principais diferenças entre “Cristina ComVida” e “O Programa da Cristina”, da SIC?

CF: “O Programa da Cristina” exigia uma série de histórias que não vamos ter aqui. Era um “talk show”, de três horas, com uma primeira parte mais disparatada, onde tudo podia acontecer, uma segunda com histórias de vida mais intensas e a terceira dedicada à atualidade e que só existirá nesta casa se acontecer alguma coisa. Este formato é mais pequeno, de uma hora, queremos que se aproxime a uma novela, a uma sitcom, porque todos os dias isto é um capítulo onde muitas das personagens são as mesmas. Quero que as pessoas esperem pelo dia seguinte para ver o que acontece naquela casa. Depois, isto não é um estúdio de televisão, mas mesmo uma casa. Este programa pode terminar e termos aqui uma novela ou uma série.